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Greta Thunberg fala durante a Cúpula de Ação Climática nas Nações Unidas, em 23 de setembro de 2019.
Greta Thunberg fala durante a Cúpula de Ação Climática nas Nações Unidas, em 23 de setembro de 2019.| Foto: AFP

“Se quisermos uma boa política ambiental para o futuro, precisaremos de um desastre. É como segurança no transporte público. A única forma de conduzir o ser humano à ação é se houver um acidente” (John Houghton, ex-presidente do IPCC)

“Temos de avançar o tema do aquecimento global. Mesmo se a teoria do aquecimento estiver errada, estaremos fazendo a coisa certa” (Tim Wirth, subsecretário de Estado para Assuntos Globais do governo Bill Clinton)

Não há, decerto, nada mais covarde e inescrupuloso do que empurrar crianças para a linha de frente do campo de batalha, seja esta física, política, cultural ou religiosa. Quem já não viu, por exemplo, aqueles vídeos de propaganda nos quais radicais islâmicos aparecem doutrinando crianças, desde tenra idade, para o ódio e o terror contra os “infiéis”? E quem, em sã consciência, não se revoltou diante deles?

Pois experimentei igual revolta ao assistir ao discurso da pequena ecofundamentalista Greta Thunberg na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Nada menos que terrificante. Foi o adjetivo que logo me veio à cabeça ao topar com aqueles olhos fanáticos e o semblante contorcido na tez tão jovem, conjunto que conferia à infeliz criatura uma aparência de possessa.

Apenas pelo exagero dramático da performance, de uma canastrice e um sentimentalismo ímpares, seria factível imaginar que Greta estivesse demonstrando nada mais que cinismo. Mas não. Não havia em sua fala nada de calculadamente dissimulado, porque a farsa ali era estrutural, tendo se incorporado à própria personalidade histerioforme da garota, que sofre de Síndrome de Asperger, e sempre teve dificuldades para se relacionar com outros seres humanos – aí inclusos os pais, dois radicais de esquerda, membros do movimento Antifa, e que parecem ter coisas mais importantes a fazer do que se preocupar com a saúde psíquica da filha.

Usando a preocupação (legítima) com o meio-ambiente como pretexto, o ecofundamentalismo é uma ideologia revolucionária e totalitária

É fácil notar que, no púlpito, Greta não dizia o que sinceramente sentia, mas o contrário: ia sentindo – e exasperando-se – na medida mesmo em que proferia a enxurrada de palavras de ordem e chantagens emocionais baratas. Numa característica típica da histeria política, ali o discurso vinha antes; as emoções, depois. E era quase possível enxergar os cordéis com que os próceres da seita ambientalista controlavam a histérica marionete, ocultando, por detrás da inocência calculada e de uma causa pretensamente universal, uma agenda nada virtuosa.

Pois, usando a preocupação (legítima) com o meio-ambiente como pretexto, o ecofundamentalismo é uma ideologia revolucionária e totalitária, que, sustentada sobre uma das maiores fraudes científicas e midiáticas de que se tem notícia – e que deveria ter sido desacreditada de uma vez por todas desde o escândalo conhecido como Climategate, quando se revelou o lado negro do falso consenso científico que sustenta o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU –, fundamenta um projeto de governo mundial por parte de uma elite globalista cuja visão de mundo é uma heteróclita mistura de neomalthusianismo, eugenismo, neopanteísmo, anticristianismo e anticapitalismo. Uma elite ansiosa por criar um mundo melhor... para eles, é claro.

Como mostra magistralmente Pascal Bernardin em O Império Ecológico ou a subversão do ecologismo pelo globalismo, o modus operandi dessa elite (formada por nomes como Robert Muller, Maurice Strong, Gro Harlem Brundtland, Al Gore, George Soros, entre outras personalidades célebres do globalismo) é encontrar, amplificar ou inventar problemas globais que justifiquem a expansão ilimitada – bem como a brutal concentração – do seu poder. Daí o catastrofismo climático ter sido concebido (ou “forjado”, como diz o subtítulo de um dos panfletos alarmistas de Al Gore) como a causa que poderia reunir a humanidade apavorada sob o tacão dos globalistas iluminados, que contam com a docilidade da imprensa e o controle do sistema educacional para espalhar o pânico e vender o seu terrorismo ecológico, do qual Greta Thunberg é a menina-bomba.

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