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Foto: Maciej Swic/Free Images
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As discussões sobre o armamento da população e sobre os diversos tipos de armas disponíveis, assim como toda discussão técnica feita por leigos, é cheia de enganos; e, quando um dos lados é desonesto (no caso, o esquerdo), também é recheada de mentiras e informações falsas propagadas com o propósito de gerar confusão e desinformação. Assim têm sido as semanas após a tragédia em Parkland, na Flórida, onde, em vez de buscar medidas eficazes para o combate à violência psicótica de atiradores como Nikolas Cruz, que matou 17 pessoas no ataque, a esquerda tem levado as discussões para a direção oposta à de uma solução.

Dentre os assuntos mais falados na imprensa americana, o banimento dos chamados “fuzis de assalto” tem sido martelado constantemente na cabeça das pessoas. Essa discussão, além de não trazer nenhum benefício real aos milhões de estudantes americanos que vão para as escolas com medo de serem as próximas vítimas, traz o malefício de atacar um dos pilares da liberdade americana. Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que as expressões “fuzil de assalto” e “arma de assalto” não encontram nenhuma correspondência com a verdade sobre o AR-15 e outros fuzis demonizados pela esquerda. Diz a lenda que a expressão em inglês, Assault Rifle, foi cunhada justamente para gerar confusão com o “AR” do nome do fuzil, quando o mesmo passou a ser utilizado por forças militares. Aliás, quando alguém me pergunta “por que você precisa de uma arma de guerra dessas em casa?”, eu respondo com a história do AR-15, um fuzil vindo de uma longa família de modelos – todos chamados AR-x por causa de seu fabricante, a ArmaLite – de produção inicialmente direcionada ao público em geral, para a prática da caça e do tiro esportivo. Somente no fim da década de 1950 é que o modelo 15 foi lançado e adotado pelas forças armadas americanas até que a versão militar, o M-16, fosse criada e incorporada permanentemente ao arsenal. A ArmaLite não existe mais, mas o projeto de seu AR-15 tornou-se um dos mais bem sucedidos da história, e uma infinidade de fabricantes oferece suas versões de AR-15 ao mercado. Há milhões desses fuzis nas mãos dos cidadãos americanos, e somente uma porcentagem ínfima deles é usada para cometer crimes. Banir esse tipo de armamento é algo comprovadamente inócuo, dado que esse banimento já existiu no passado e não resultou em nenhuma melhoria nos índices de violência da nação.

Pior ainda são as novas leis que têm sido empurraras goela abaixo pelos deputados e senadores democratas, principalmente na esfera estadual. Na Flórida, por exemplo, os deputados democratas conseguiram cooptar alguns covardes republicanos para aprovar uma lei sem pé nem cabeça que aumenta a idade mínima para a compra de armas de 18 para 21 anos e estabelece um período de três dias entre a compra e a retirada da arma. Difícil ser mais idiota que isso – se cada um desses deputados passasse um dia apenas nas favelas cariocas, onde garotos de 12 anos carregam fuzis cujo comércio é proibido por lei, veriam que não é uma lei boba dessas que vai impedir um louco de conseguir sua arma. Quanto aos três dias, quase não cabe comentário. Pouquíssimos casos de ataques com armas acontecem com armamento comprado nos três dias anteriores. Os psicopatas que executam essas barbaridades geralmente têm seu arsenal bem estabelecido.

Se os americanos conhecessem na pele a experiência brasileira, certamente recusariam qualquer político que seja entusiasta do discurso desarmamentista. Nós somos a prova de que o mundo precisa para entender que desarmar as pessoas não significa desarmar os criminosos, muito pelo contrário. A criação de leis restritivas à posse e ao porte de armas só serve para abrir uma brecha nesse direito fundamental que os americanos possuem desde a criação de sua nação, brecha esta onde aqueles que desejam destruir a civilização ocidental colocam um dedo, depois uma mão, depois meio corpo, e por fim escancaram a porta e estabelecem seus objetivos.

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