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Jose Cabezas/AFP
Jose Cabezas/AFP| Foto:

Coerência nunca foi o forte da esquerda. Mesmo tendo isso em perspectiva, é difícil justificar o nível de radicalização e descolamento da realidade a que chegaram os discursos dos políticos, agentes da mídia e militantes dessa ideologia nefasta.

No final de 2017, um frágil homem de 1,55 metros de altura e apenas 57 kg de peso foi morto em Maryland. A vítima, que usava uma camiseta com os dizeres “Primeira Igreja Metodista de Laurel” e levava consigo um objeto religioso no peito, foi esfaqueada mais de cem vezes e decapitada por seus atacantes. Para terminar o crime macabro, os assassinos arrancaram seu coração e o enterraram ao lado do corpo e da cabeça. Depois de investigar, a polícia descobriu que se tratava de mais um crime hediondo da gangue MS-13, composta majoritariamente de imigrantes ilegais vindos de El Salvador, Honduras e Guatemala. Originada em Los Angeles na década de 1980, a MS-13 é considerada hoje a gangue mais violenta e cruel em atividade nos Estados Unidos.

Na última quarta-feira, Donald Trump estava na Califórnia, participando de uma mesa redonda com o Secretário Geral da OTAN e políticos locais. O evento e a própria presença do presidente foram planejados para atacar as políticas de imigração do estado mais esquerdista da federação, que se tornou oficialmente um “Estado Santuário” em 16 de setembro de 2017, após aprovação da lei SB54 no senado estadual, endossada pelo governador Jerry Brown. Durante o evento, a xerife do condado de Fresno, Margaret Mims, relatou ao presidente as dificuldades que tinha para trocar informações sobre membros de gangues – especialmente da MS-13 – com a agência de imigração e alfândega (conhecida como ICE, Immigration and Customs Enforcement). Em sua resposta, Trump disse a seguinte frase:

“Estamos tirando pessoas deste país. Você não acreditaria no quão más são essas pessoas. Não são pessoas, são animais, e as estamos tirando do país num ritmo jamais praticado antes.”

Bastaram minutos para que a banda podre da grande mídia americana divulgasse uma versão editada, truncada e mentirosa do ocorrido. CNN, ABC, CBS, NBC e C-SPAN publicaram em seus portais e contas de Twitter apenas o pedaço do vídeo em que Trump diz a frase acima, retirando-a do contexto e não fazendo sequer menção ao assunto em pauta, levantado pela xerife. Mais do que isso, essas organizações mentiram de forma descarada, soltando manchetes como “Trump se refere a imigrantes como ‘animais’” (Huffington Post), “Trump chama alguns imigrantes não-autorizados de animais” (New York Times), “Trump recrudesce a retórica sobre imigrantes sem documentos: ‘Não são pessoas, são animais’” (USA Today), “Não são pessoas, são animais’, O presidente Trump usa uma retórica dura para descrever alguns imigrantes sem documentos.” (CBS News), “O presidente Trump referiu-se a algumas pessoas que cruzam a fronteira ilegalmente como ‘animais’ e não como pessoas.” (ABC News).

Apoiados na mentira da imprensa, políticos democratas dispararam asneiras contra o presidente em suas contas de Twitter e até mesmo na tribuna do Congresso. Chuck Schummer, líder da minoria no Senado, disse que “Quando todos os nossos ancestrais vieram para a América, eles não eram ‘animais’, e essas pessoas também não são.” Nancy Pelosi, líder da minoria na Câmara dos Deputados, disse que “Há uma chama de divindade em cada pessoa da Terra, e temos que reconhecer isso, respeitando a dignidade e valor de cada pessoa. (…) Quando o presidente dos Estados Unidos diz que imigrantes sem documento não são pessoas, são animais, precisamos pensar: Ele não acredita na chama de divindade, na dignidade e no valor de cada pessoa?” E esses foram apenas alguns exemplos de muitos, incluindo a mídia brasileira, que embarcou na mesma canoa furada.

Uma mentira dessa magnitude e divulgada por tão pouco tempo não podia se transformar em verdade. A esquerda sempre foi sórdida, mas costumava agir com mais inteligência. Respeitava, por exemplo, a teoria de que contar uma mentira muitas vezes, ao longo de um período de tempo razoável, a torna em “verdade”. A esquerda contemporânea é burra, cegada por seu radicalismo imediatista. Bastou que a Fox News, Washington Times e alguns outros órgãos de imprensa que prezam minimamente pela verdade expusessem a história real, juntamente com milhares de formadores de opinião nas redes sociais, para que a narrativa mudasse. E, por incrível que pareça, para pior. No instante em que não era mais factível sustentar a história de que Trump havia feito um comentário generalizado sobre imigrantes, no instante em que ficou impossível deixar o “detalhe” de que ele estava falando sobre a MS-13 de lado, a esquerda americana cavou mais fundo em direção à sua completa falência moral: seus jornalistas, políticos e outras figuras proeminentes passaram a defender publicamente alguns dos criminosos mais cruéis do mundo, dizendo que nem mesmo um membro da MS-13 pode ser chamado de “animal”.

Nesse momento, peço que você leia novamente o segundo parágrafo deste texto. Esse caso não foi uma exceção. Os bandidos da MS-13 são conhecidos por estuprar adolescentes até sua morte, empalar inimigos, mutilar e torturar vítimas, e outras coisas que fariam Gengis Khan corar de vergonha. É esse tipo de gente, animais selvagens, que a esquerda americana está defendendo desde ontem à tarde – a mesma esquerda que se recusa a chamar um bebê no ventre de “ser humano” e reconhecer seu direito à vida. Em sua sanha louca de atacar a presidência de Trump, perderam todo e qualquer contato com a realidade: mais de 80% da população americana é contra as cidades-santuário, incluindo milhões de imigrantes naturalizados, e certamente é contra a entrada e permanência de criminosos desse quilate em seu país. Não tenho dados de pesquisa sobre isso, mas tenho certeza de que a mesma quantidade imensa de gente não vê problema algum em chamar um assassino sanguinário de “animal”.

A esquerda perdeu a mão, de vez. Suas ações e posicionamentos têm sido repugnantes e impossíveis de engolir. Felizmente, tudo tem um lado positivo: quanto mais descolados da realidade, menos votos. Minha torcida é para que esse comportamento demente se intensifique cada vez mais, especialmente nos meses que antecedem as eleições do final do ano, tanto nos Estados Unidos como no Brasil.

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