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Maratona aquática vive de brilhos solitários
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Divulgação
Ana Marcela Cunha, de 20 anos, lamenta a falta de renovação de nadadores nas provas de longa distância

Primeiras Braçadas

Ana Marcela Cunha tem 20 anos e um currículo extenso, proporcional à sua dedicação ao esporte e à sua solidão nos treinamentos. Apesar de ter ficado de fora da Olimpíada de Londres, ela comemora ter sido bicampeã do Circuito Mundial de Águas Abertas e hexacampeã brasileira em 2012. Ainda foi a única brasileira indicada pela Federação Internacional de Natação para a premiação dos melhores do mundo na temporada.

Ao lado da paulista Polia­na Okimoto, Ana Mar­­cela é um expoentes da natação em águas abertas. Mas, até agora, o sucesso de ambas não animou outras atletas do país a trocarem as provas de curta e média distância pelas competições de 5 km, 10 km e 25 km. “Está faltando ainda uma mulher ganhar uma medalha olímpica. Se isso acontecer, muita gente vai vir para o esporte. Queremos renovação”, fala a nadadora, que atualmente compete o Circuito Bra­­si­­­leiro também entre os homens, para poder ter com quem competir de igual para igual.

Na preparação, Ana Mar­­cela chega a nadar até 13 km por dia. “Em véspera de competições, faço treinos mais leves, nado dois ou três mil metros”, fala. Amanhã, ela, Poliana e outros competidores de elite da modalidade fazem a última competição de 2012, no Rio de Janeiro.

A partir das 9h30, disputam o Desafio Rei e Rainha do Mar, em uma prova que vai alternar cinco voltas de 800 m largando do Posto 5, em Copacabana, no mesmo local em que será disputada a natação em águas abertas nos Jogos Olímpicos de 2016.

Além das duas brasileiras, competirão o vice-campeão olímpico, o alemão Thomas Lurz; o australiano número 1 do mundo, Trent Grimsey; a norte-americana Ashley Twichell, medalha de bronze no Campeonato Mundial de Xangai 2011; o alemão Alexander Studzinski, tricampeão da Copa do Mundo.

A reunião de estrelas visa a chamar a atenção dos nadadores amadores para a modalidade. Hoje, cerca de 3 mil atletas disputam, no mesmo local, as provas de menores distâncias.

“Claro que quero seguir nadando em alto nível os 5 km, 10 km e 25 km, mas quero mais brasileiras nadando junto”, fala Ana Marcela.

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