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Considerado um “patinho feio”, este tipo de exercício não está entre os preferidos de muitos atletas, mas traz uma série de benefícios

A busca pelo corpo saudável e pela barriga de “tanquinho” leva muitas pessoas aos parques e academias da cidade para praticar as mais diversas atividades físicas. Corrida, caminhada pedalada, musculação.

Tudo para conquistar a boa forma. Porém, é difícil encontrar nesses grupos de esportistas alguém que goste de um tipo específico de exercício: os abdominais. Eles definitivamente não fazem parte da preferência dos atletas, mas trazem uma série de benefícios, muitos deles desconhecidos, à saúde e ao dia a dia de quem se propõe a praticar.

O estudante Mauro Magalhães Júnior, de 19 anos, faz parte da turma do contra. Ele realiza atividades físicas há seis anos, e nunca gostou de fazer abdominais. “Além de eu achar chato, não vejo resultados imediatos na prática de abdominais. Prefiro muito mais fazer uma hora de corrida.” Assim como Mauro, que trocou o colchonete pela esteira, grande parte das pessoas desconhece os ganhos que a atividade proporciona ao corpo.

“O principal benefício que os abdominais trazem é que os praticantes podem ter mais consciência corporal. Além disso, eles aprendem a fazer a ativação do ‘core’, que é saber como proteger a coluna com fortalecimento da região lombar e da musculatura interna e externa do abdômen. Com isso, eles terão a coluna protegida para o resto da vida”, destaca a educadora física Aline Kerymi.

E não é apenas no fortalecimento muscular que a atividade demonstra seu efeito. Ela aumenta também o funcionamento do sistema respiratório, uma vez que melhora a capacidade pulmonar, e da parte intestinal. “Como o sistema intestinal depende de contrações abdominais para funcionar, com um abdômen mais forte é possível fazer essa atividade com maior tranquilidade”, indica Rafael Strugale, personal trainer e conselheiro do Conselho Regional de Educação Física (CREF).

Strugale ressalta também a importância de se encaixar a prática de abdominais dentro de um programa completo de exercícios. Segundo ele, é assim que se alcança o equilíbrio muscular, estendendo a todas as partes do corpo o benefício da atividade física. “Procura-se trabalhar sempre de uma forma generalizada, mas buscando o equilíbrio muscular.”

Quem já descobriu as vantagens de incorporar os abdominais em um programa de treinamento não consegue mais ficar sem elas. É o caso de Franciele Pereira, de 20 anos. A recepcionista treina há dois meses, e hoje realiza de 130 a 200 repetições diariamente.

“Eu tinha muita preguiça de acordar de manhã, levantar da cama era sempre um martírio. Hoje acordo mais cedo e com disposição, dando risadas, brincando com meu marido, meu estresse foi praticamente embora. Tenho mais concentração no trabalho e na faculdade, sem contar que as dores no corpo diminuíram”, conta. A jovem confessa que está tentando convencer seus familiares a praticarem exercícios, e recomenda a todos não abrir mão de alguns abdominais por dia.

Além de Franciele, outras mulheres que realizam esse tipo de treinamento têm um estímulo extra para persistir na atividade. “Os abdominais são ótimos em período menstrual, na prevenção, porque trabalham a região do quadril, bem onde está o útero. Pelo mesmo motivo, eles vão ajudar aquelas mulheres que pretendem ter um filho no futuro”, sinaliza Aline.

Dicas
Veja como potencializar o efeito dos abdominais:

1 – Posição: é importante manter a lombar encostada no chão, não encostar o queixo no peitoral e fortalecer a musculatura abdominal. Mantenha os joelhos flexionados.

2 – Respiração: respire fundo, com a coluna apoiada no chão. Solte o ar na subida e puxe ao descer.

3 – Repetições e velocidade: a quantidade de séries e repetições para os exercícios abdominais varia de acordo com o objetivo. Faça o exercício em velocidade moderada, para não danificar a coluna.

4 – Variações: a maior parte dos exercícios abdominais trabalha o abdômen reto, principal músculo da região. A variação de modalidades permite enfoques diferentes, como as regiões oblíquas (laterais) e transversas, a zona infra-abdominal (a famosa “pochete”), e a parte superior, próxima ao peito.

5 – Hábitos externos: manter uma alimentação correta e saudável auxilia nos resultados. Além disso, dormir bem ajuda no descanso da musculatura e evita fadiga e lesões.

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