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Tom Cruise em cena de “Top Gun: Maverick”.
Tom Cruise em cena de “Top Gun: Maverick”.| Foto: Divulgação

No dia 26 de maio, estreou nos cinemas brasileiros Top Gun: Maverick, filmado em 2018, mas lançado somente neste ano por causa do período de crise sanitária. O filme é estrelado por Tom Cruise e é uma continuação do primeiro filme, Top Gun: Ases Indomáveis. O sucesso de bilheteria de 1986, que lançou o ator ao estrelato, foi dirigido pelo aclamado Tony Scott – falecido em 2012 e a quem o segundo filme é dedicado em memória – e transformou em sucessos canções como Danger Zone, de Kenny Loggins; o instrumental Top Gun Anthem, de Harold Faltermeyer; e, sobretudo, o grande sucesso Take My Breath Away, da banda Berlin, que apareceu na Billboard Hot 100 e foi vencedor do Oscar de melhor canção original.

No filme de 1986, Cruise interpretou um oficial de aviação e piloto de caça da Marinha dos Estados Unidos, o tenente Pete “Maverick” Mitchell, que, após se destacar em combate, é enviado para uma escola de elite para pilotos de caça: a United States Navy Fighter Weapons School (Escola de Armas de Caças da Marinha dos Estados Unidos), fundada em 3 de março de 1969, na antiga Estação Aérea Naval de Miramar, em San Diego, Califórnia. Por seu programa de instruções de táticas de caça, foi alcunhado de TOPGUN – daí o título do filme original. Top Gun: Ases Indomáveis se tornou o maior sucesso de bilheteria de 1986 e arrecadou US$ 356,8 milhões.

A escola conhecida como TOPGUN surgiu após as recorrentes falhas dos mísseis ar-ar empregados pelas aeronaves dos Estados Unidos ​​em combate nos céus do Vietnã do Norte. Durante a Operação Rolling Thunder, que durou de 2 de março de 1965 a 1.º de novembro de 1968, quase 1 mil aeronaves norte-americanas foram perdidas em cerca de 1 milhão de missões realizadas. Até hoje os resultados alcançados são motivo de acalorados debates na comunidade militar nos Estados Unidos e as avaliações dessa operação levaram a Marinha e a Força Aérea a conclusões opostas. A Força Aérea entendeu que suas perdas aéreas se deviam principalmente a um problema de tecnologia. Com isso, instalaram canhões na principal aeronave de caça empregada pela Força Aérea (o icônico McDonnell Douglas F-4 Phantom II), desenvolveram sistemas de radar aprimorados e trabalharam para resolver os problemas de direcionamento dos mísseis ar-ar. Já a Marinha concluiu que o problema decorreu do treinamento inadequado dos pilotos em combate aéreo. Com isso, foi recomendada a fundação da Escola de Armas de Caça na Estação Aérea Naval de Miramar, também conhecida como “Fightertown USA”, para reviver e disseminar a experiência de combate na aviação embarcada que havia ganho renome para a Marinha durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coreia. Assim, no filme Top Gun, o responsável pela escola é o comandante Mike “Viper” Metcalf, interpretado por Tom Skerritt, que serviu com o pai de Maverick num esquadrão de caça embarcada na Guerra do Vietnã, e conhecia o mistério que envolvia o desaparecimento de seu pai em ação.

O foco principal de Top Gun: Ases Indomáveis era a aviação naval norte-americana, que inclusive apoiou oficialmente a produção do filme e colocou balcões de recrutamento nas saídas dos cinemas; o longa serviu de inspiração para formar muitos pilotos navais

Maverick protagoniza o filme original junto com um oficial de voo naval – conhecido como Radar Intercept Officer (RIO) –, o segundo-tenente Nick “Goose” Bradshaw (estrelado por Anthony Edwards). Maverick é retratado como um piloto individualista, agressivo, arrogante, mas, quando se percebe claramente as intenções e história do personagem, toda quebra de normas tem uma razão – como, por exemplo, no começo do primeiro filme, quando após uma interceptação ele resgata um colega que, em outra aeronave, entra em pânico em pleno voo. Há foco na vida amorosa do personagem, que tem como seu interesse romântico a professora de Astrofísica Charlotte “Charlie” Blackwood, estrelada por Kelly McGills, uma civil, doutora em Astrofísica, que serve de consultora na TOPGUN.

O foco principal de Top Gun: Ases Indomáveis é a aviação naval norte-americana, que inclusive apoiou oficialmente a produção do filme e colocou balcões de recrutamento nas saídas dos cinemas; o longa serviu de inspiração para formar muitos pilotos navais. Na época, 90% dos alistados nesses postos afirmaram ter visto o filme. Inclusive, em plataformas de redes sociais, muitos militares e ex-militares brasileiros testemunharam o impacto do filme na escolha do alistamento ou carreira militar. No primeiro filme, Maverick pilota o venerável Grumman F-14 Tomcat, treina contra os Douglas A-4 Skyhawk, e combate no Oceano Índico contra os “MiG-28” que eram, na verdade, o Northrop F-5 Tiger II – tanto o A-4 quanto o F-5 foram operados pela Marinha do Brasil e pela Força Aérea Brasileira, respectivamente.

Em Top Gun o personagem Maverick abate três aeronaves inimigas – para se entender as dificuldades e diferenças do combate aéreo após a Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Coreia, as guerras de Israel no Oriente Médio e as atuais, deve-se ter em mente que os últimos ases norte-americanos (um ás é um aviador que tem pelo menos cinco abates de inimigos) foram pilotos que serviram na Guerra do Vietnã; pela Força Aérea, o capitão Charles B. DeBellevue, que foi oficial de sistemas de armas (WSO) e conseguiu seis vitórias; e os capitães WSO Jeffrey S. Feinstein e piloto Richard S. Ritchie, com cinco vitórias cada um. Pela Marinha, o piloto tenente Randolph H. Cunningham e o WSO segundo-tenente William P. Driscoll, com cinco vitórias cada. Todos estes se tornaram ases entre janeiro e maio de 1972, pouco antes da Operação Linebacker II, que levou o Vietnã do Norte a negociar o fim da guerra com os Estados Unidos.

Também há imagens espetaculares do porta-aviões nuclear USS Enterprise. Ainda vemos no roteiro o drama do falecimento de Goose num treinamento – e o personagem não era apenas o RIO de Maverick, mas seu melhor amigo e irmão “do coração” –, a tensão entre a carreira profissional e a vida afetiva de Maverick e Charlie, e a rivalidade entre o personagem principal e o tenente Tom “Iceman” Kazansky (estrelado por Val Kilmer), o melhor piloto do curso e modelo moral para os demais alunos. O contra-almirante Pete “Viper” Pettigrew, ex-aviador da Marinha, veterano da Guerra do Vietnã e instrutor da TOPGUN, serviu como consultor técnico no filme e também fez uma aparição no filme, numa conversa com Charlie no bar. O filme é o típico clássico do cinema norte-americano dos anos 1980, pós-Guerra Fria, personificando os filhos dos Estados Unidos como homens competitivos, eficazes, responsáveis, honrados e prontos para sacrificarem as suas próprias vidas pela liberdade e soberania do país. Em 2015, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos selecionou o filme para preservação no National Film Registry, considerando-o “culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo”.

A continuação de Top Gun começou a ser desenvolvida em 2010, quando a Paramount ofertou a proposta a Tony Scott, mas seu suicídio, em 2012, impediu o processo do filme. Em 2017, Tom Cruise anuncia o retorno do projeto e o título do filme, com previsão de lançamento para 2018. Mas Top Gun: Maverick, dirigido por Joseph Kosinski, somente foi lançado em fins de abril de 2022, 36 anos após o lançamento do primeiro filme.

Neste novo filme, Tom Cruise retorna com o mesmo personagem. O agora veterano capitão Pete “Maverick” Mitchell é um piloto de testes da Marinha – inclusive há uma cena que homenageia o clássico Os Eleitos (The Right Stuff), de 1983 – que, para continuar voando, optou por não buscar uma promoção a almirante, o mais alto cargo do oficialato naval. Há um diálogo emblemático, quando um contra-almirante protagonizado por Ed Harris diz a Maverick: “Mais de 30 anos de serviço. Medalhas de combate. Citações. Único homem a abater três aviões inimigos nos últimos 40 anos. No entanto, você não consegue uma promoção, não se aposenta e, apesar de seus melhores esforços, se recusa a morrer. Você deveria ser pelo menos um almirante de duas estrelas agora, mas aqui está você. Capitão. Por quê?” Ocorre uma pausa e Maverick responde: “É um dos mistérios da vida, senhor”. E assim, logo no início, vemos a tensão entre a tradição e a modernização tecnológica, quando se está em debate o investimento em drones de combate em vez de aeronaves tripuladas. O diálogo continua: “O fim é inevitável, Maverick. Sua espécie está a caminho da extinção”. E Maverick responde: “Talvez sim, senhor. Mas não hoje”. Assim, Maverick luta para provar que o fator humano ainda importa. E, segundo o filme, importa muito!

O filme de 1986 é o típico clássico do cinema norte-americano dos anos 1980, personificando os filhos dos EUA como homens competitivos, eficazes, responsáveis, honrados e prontos para sacrificarem as suas próprias vidas pela liberdade e soberania do país

Maverick é destacado para servir na escola TOPGUN – rebatizada em 1996 como United States Navy Strike Fighter Tactics Instructor Program (Programa de Instrução de Táticas de Combate da Marinha dos Estados Unidos) –, para preparar pilotos para uma difícil missão ultrassecreta, visando a destruição de uma instalação de enriquecimento de urânio num país “pária” não nomeado – não custa lembrar que missões similares foram realizadas pela Força Aérea de Israel, ao destruir um reator nuclear no Iraque, em 1981 (Operação Opera), e um reator nuclear na Síria, em 2007 (Operação Orchard). Para a missão de ataque será necessária a utilização do Boeing F/A-18 Super Hornet, aeronave embarcada destinada à caça e ataque, e que Maverick domina.

O drama continua quando Maverick descobre que no grupo está o seu afilhado Bradley “Rooster” Bradshaw, tenente da Marinha americana, piloto de caça e filho de seu melhor amigo, Goose – que apareceu como criança em Top Gun, no bar, com Goose, a esposa (interpretada por Meg Ryan), Maverick e Charlie, se divertindo ao som de Great Balls of Fire, de Jerry Lee Lewis, sucesso musical dos anos 1950. Agora, Rooster e Maverick têm uma relação tensa e estremecida. Mas a equipe de 12 pilotos, que conta com duas oficiais pilotos, entre elas a tenente Natasha “Phoenix” Trace, interpretada pela atriz Monica Barbaro, precisa passar pelo rigoroso treinamento, para que seis pilotos sejam escolhidos para a missão. Glen Powell, que faz o papel do tenente Jake “Hangman” Seresin, estrelará Devotion, que será lançado em outubro de 2022 e aborda a aviação naval dos Estados Unidos na Guerra da Coreia, e a história do segundo-tenente Thomas J. Hudner Jr. e do alferes Jesse L. Brown, que foi o primeiro aviador negro a completar o programa básico de treinamento de voo da Marinha dos Estados Unidos.

Há ainda o emocionante reencontro entre Maverick e Iceman, agora almirante e comandante da Frota do Pacífico. Na verdade, o capitão Mitchell foi indicado para o cargo na TOPGUN pelo almirante Kazanski, seu antigo rival e, agora, amigo. O personagem foi caracterizado de novo por Val Kilmer, em participação comovente por conta da luta do ator com um câncer na traqueia, que afetou a sua capacidade de fala. O interesse afetivo de Maverick agora é estrelado pela atriz Jennifer Connelly, representando Penelope “Penny” Benjamin, mãe separada e dona de um bar, filha de um almirante, e que que foi mencionada em uma conversa hilária entre Maverick e Goose, no primeiro filme.

Apesar de os dois filmes serem ambientados em momentos diferentes, Top Gun: Maverick segue uma linha de continuidade em relação aos axiomas e elementos profissionais e culturais que permeiam o primeiro filme

Apesar de se passarem em diferentes gerações, com mais de 30 anos de distância um do outro, os dois filmes têm uma conexão muito profunda, já mostrada na abertura de Top Gun: Maverick, com cenas que remetem ao primeiro filme, agora filmadas no porta-aviões nuclear USS Abraham Lincoln, e com as mesmas trilhas sonoras, Danger Zone e Top Gun Anthem, causando no espectador um sentimento nostálgico, ainda que a nova música tema, de Lady Gaga, Hold My Hand, também receba destaque. Aliás, a famosa frase do primeiro filme é repetida no segundo: “Eu sinto a necessidade... a necessidade de velocidade!”

Há também uma cena semelhante da equipe de pilotos do segundo filme jogando futebol americano na praia, sob a instrução de Maverick, como aprendizado para o trabalho em equipe, se conectando com a conhecida cena do primeiro filme com os pilotos jogando voleibol. O espectador atento também perceberá o uso da moto Kawasaki Ninja, usada por Maverick, bem como o mesmo casaco de piloto de bombardeiro com as bandeiras do Japão e Taiwan – cujo uso foi motivo de controvérsia, por não aparecerem em alguns dos cartazes promocionais do filme. Portanto, apesar de os dois filmes serem ambientados em momentos diferentes, Top Gun: Maverick segue uma linha de continuidade em relação aos axiomas e elementos profissionais e culturais que permeiam o primeiro filme. A aparição do clássico North American P-51D Mustang, que pertence a Tom Cruise, deve ter suscitado piadas interarmas por conta da rivalidade entre a Marinha e o Exército dos Estados Unidos – já que o Mustang foi a principal aeronave de caça do Exército norte-americano na Segunda Guerra Mundial, responsável direta pela superioridade aérea alcançada sobre a Luftwaffe, a temida força aérea alemã. Mas, agora, os inimigos são representados explicitamente por equipamento russo, como o helicóptero de ataque e transporte Mil Mi-24 “Hind”, muito empregado na guerra soviética no Afeganistão, e caças de quinta geração, como o Sukhoi Su-57 “Felon”, que está sendo empregado pela Rússia em ataques na Síria e na Ucrânia.

Tom Cruise, que tem como hábito a dispensa dos profissionais dublês em papéis arriscados, como escaladas em montanhas e prédios, vistas por exemplo nas sequências de Missão Impossível, optou por ser filmado voando no F/A-18 Super Hornet. Os outros atores também seguiram o mesmo caminho, proporcionando assim aos espectadores uma intensa experiência nas cenas aéreas espetaculares, que se intensificam do meio para o fim do filme, como na homenagem à cena do ataque à Estrela da Morte, em Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança. Esta, na verdade, encontrou inspiração na cena climática do clássico Labaredas do inferno (The Dam Busters), de 1955, e que também influenciou uma sequência similar em Inferno nos céus (633 Squadron), de 1964 – dois grandes filmes de aviação.

O espectador enxergará valores como a família como base para a formação do indivíduo, o papel da masculinidade em relação à proteção do próximo, a responsabilidade, a lealdade e o espírito de equipe, e a luta por excelência naquilo que se propõe a fazer na vida

Quanto aos valores presentes na arte, seus personagens, sobretudo Maverick, evocam os mesmos valores do primeiro filme, sendo os personagens principais promotores da personificação deles. O espectador enxergará valores como a família como base para a formação do indivíduo, o patriotismo e a necessidade de sacrifício da própria vida em prol da defesa e da soberania do país, o papel da masculinidade em relação à proteção do próximo, a responsabilidade, a lealdade e o espírito de equipe, a agressividade como o caminho da vitória, a competitividade e a luta por excelência naquilo que se propõe a fazer na vida. Percebem-se elementos de verdade, beleza e bondade, virtuosidade, integridade, honradez, todos nobres ideais permeando toda a narrativa. Além de temas como perdão, redenção e reconciliação.

Portanto, Top Gun: Maverick, que recebeu aprovação de 97% no Rotten Tomatoes e nota 8,7 no IMDB, é um filme excelente, sem apelações no que tange a violência ou sexo e exageros outros. Elementos de drama, comédia, romance, aventura e ação se encontram presentes de forma coerente e coesa, interligados com cenas aéreas de tirar o fôlego, sendo um ótimo entretenimento para todos. Na verdade, é um caso raro de uma sequência que consegue ser melhor que o filme original.

No entanto, o filme tem recebido críticas de alguns sites especializados que, sob forte influência esquerdista, têm rotulado o filme como promotor de algo vagamente chamado de “masculinidade tóxica”. A reclamação geral dos esquerdistas é que não há no filme mudança de gênero ou etnia do personagem principal; não há supressão de símbolos religiosos ou nacionais; não há sexualização desnecessária; o Estado não é um ente salvador; o protagonista não é humilhado ou morto; o vilão não é um homem branco ou heterossexual ou capitalista ou cristão; não há protagonista feminina masculinizada; não há personagens masculinos fracos ou inúteis; o personagem masculino não pede desculpas por agir como homem; e não há proselitismo de ideologia de gênero, multiculturalismo ou afins, todos temas caros para os adeptos da esquerda.

Top Gun: Maverick evoca um sentimento de afirmação dos valores formativos da cultura ocidental, tão criticados pela agenda política atual. Assim, ignore os esquerdistas e vá ao cinema

O grande problema é que Top Gun: Maverick, que até o momento arrecadou inacreditáveis US$ 260,6 milhões em questão de semanas, foi pego no meio da guerra cultural que divide o Ocidente, quando valores fundamentais da civilização ocidental e seus muitos benefícios estão sendo destruídos a partir de dentro, por pessoas que estão promovendo agendas totalitárias, pagãs e, do ponto de vista cristão, heréticas, e que estão desmantelando peça por peça os elementos que salvaguardaram o mundo de ser dominado por regimes autoritários e totalitários no século 20, e que causaram duas sangrentas guerras mundiais com o sacrifício de milhões de vidas. Aqueles que debocham do filme e o atacam se esquecem que são homens e mulheres como os retratados no filme que os defenderão de serem escravizados pelas forças totalitárias que ameaçam o Ocidente, tanto externa como internamente. Pois, como é atribuído a George Orwell, “dormimos seguros em nossas camas porque homens rudes ficam prontos durante a noite para atacar com violência aqueles que nos fariam mal”.

Desta forma, Top Gun: Maverick evoca um sentimento de afirmação dos valores formativos da cultura ocidental, tão criticados pela agenda política atual. Assim, ignore os esquerdistas e vá ao cinema assistir a Top Gun: Maverick – um excelente filme, recomendado a todas as pessoas de diferentes faixas etárias.

Parece-me apropriado encerrar com as palavras que um grande aviador naval, o vice-almirante James Bond Stockdale, dirigiu a uma audiência, após retornar aos Estados Unidos, em fevereiro de 1973. Ele passou oito anos como prisioneiro de guerra no infame Hanoi Hilton, sendo torturado e espancado rotineiramente pelos comunistas norte-vietnamitas, e ganhou a Medalha de Honra do Congresso em 1976 por sua bravura, resiliência, coragem e integridade indomáveis, virtudes celebradas em Top Gun: Maverick. Disse Stockdale: “Tenho orgulho de representar esses homens [que estiveram presos junto comigo]. Lutamos juntos, rimos juntos, choramos juntos e oramos juntos. Às vezes as palavras que nos vinham à mente eram aquelas que são familiares para vocês, da Marinha: ‘Se eu for tentado, faça-me forte para resistir. Se eu errar o alvo, dê-me coragem para tentar novamente. Que eu possa viver de maneira que eu possa permanecer sem embaraço e sem medo diante de meus companheiros de embarcação, meus entes queridos, e de ti [ó Deus]’. Penso que Deus respondeu a essa oração”.

(Este texto foi preparado em coautoria com Juan de Paula Siqueira, pastor da Igreja Batista do Redentor, no Rio de Janeiro.)

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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