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Afinal, fundos de venture capital vão continuar realizando investimentos durante a pandemia?

Lucas de Lima e Mário Delara*

Investimentos

Como a Covid-19 está influenciando novos investimentos de venture capital?

27/06/2020 11:00
Com a propagação da Covid-19 no Brasil, muitas empresas de tecnologia já estipularam planos de contingência para garantir a saúde dos seus funcionários e também dos negócios. Uma questão levantada nesse momento por muitos empreendedores é se o vírus vai atrapalhar as rodadas de investimento das startups brasileiras. Afinal de contas, os fundos de venture capital vão continuar realizando investimentos?
Tradicionalmente, a maioria dos fundos de venture capital (tipo de fundo de investimento focado em capital de crescimento para empresas de médio porte que já possuem carteira de clientes e receita) reservam uma porcentagem do seu dinheiro total para reinvestir em startups que já estão em seus portfólios e que eventualmente precisam de novas rodadas de capital.
Por conta disso, pode ser que nos próximos meses os fundos que estão com o capital comprometido adiem novos investimentos. Isso garante que eles analisam o cenário econômico e decidam se destinarão esse dinheiro para as suas próprias investidas ou novas empresas.
O venture capital é, por natureza, um investimento de longo prazo. As empresas investidas precisam ter a capacidade de passar por cima desses momentos de dificuldade, seja por conta do novo coronavírus ou de outros desafios futuros. Por ora, o objetivo de boa parte dos fundos é continuar conversando e analisando potenciais startups.
A Covid-19 vai interferir nas metas dos próximos meses e, como o cenário ainda está muito incerto, a tendência é que as grandes empresas segurem a contratação de novas soluções, como as oferecidas pelas startups. Isso pode tornar o processo de vendas cliente/fornecedor mais lento, o que comprometeria as metas do primeiro semestre.
Como as vendas vão diminuir, é interessante que as startups sejam ainda mais conscientes com os seus gastos. Ampliação de times que não sejam de extrema importância, contratação de ferramentas supérfluas (principalmente as que são cobradas em dólar) ou investimentos que não sejam urgentes devem esperar.
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É fundamental que as startups reavaliem suas projeções e criem um plano de contingência para entrar nos trilhos o mais rápido possível quando tudo se acalmar.
Além de todos os cuidados básicos para garantir a saúde dos funcionários, é importante que os líderes ofereçam as ferramentas necessárias para garantir que o trabalho da equipe seja realizado da melhor maneira possível.
Isso inclui uma comunicação ainda mais constante, bem como o reforço e acompanhamento das metas do momento mesmo que de forma remota, tendência que as startups estão adotando para garantir que seus times continuem performando.
*Lucas de Lima e Mário Delar são cofundadores a Caravela Capital, fundo de investimento com foco em empresas early stage. Fundada em Curitiba (PR), seu foco é em startups disruptivas, inseridas em grandes mercados e com alto potencial de escalabilidade. Com R$75 milhões disponíveis para aporte, a Caravela Capital também oferece um trabalho completo em mentoria e follow on de suas empresas investidas, fomentando o crescimento de mais empresas na região.

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