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Nubank estreia na Bolsa de Valores

Bruno Dreher*

Nubank

A estreia do Nubank na Bolsa de Valores: dados são o novo petróleo

10/12/2021 17:36
Nesta última quinta-feira (9), o Nubank estreou suas ações na Bolsa de Valores de Nova York, com um sucesso tremendo. Quem era cliente da empresa e fez a pré-compra de ações, já ganhou em dois dias mais de 35% de retorno sobre o investimento. A questão que passa a ser importante para os investidores do mundo inteiro é: É um bom investimento?
Eu já escrevi aqui sobre como as fintechs mudaram completamente a forma das pessoas se relacionarem com os bancos e os motivos que fazem este setor ser um dos que mais cresce atualmente.
O Nubank foi aquela empresa que usou uma das frases mais comuns dos negócios digitais para crescer: “dados são o novo petróleo”. Mas o grande desafio é além de encontrar um poço abundante de petróleo, ter a capacidade de refinar e transformar em gasolina. E o Nubank parece ter encontrado esta fórmula.
A empresa foi fundada em 2006, inovando ao oferecer cartões de crédito sem anuidade, em um momento onde o mercado tradicional cobrava taxas para oferecer o mesmo serviço. Ao mesmo tempo, focou em produzir experiências diferenciadas para seus clientes, que muitas vezes valorizaram nas redes sociais, aumentando ainda mais o alcance da marca e a quantidade de pessoas que queriam fazer parte do banco mais bacana do momento.
O caso mais famoso foi quando um cachorro comeu um cartão de um cliente, que informou o acontecido para a empresa, que enviou o novo cartão juntamente com um brinquedo para o pet e uma carta escrita pelo próprio atendente.
Depois do serviço de cartão de crédito, o banco foi ampliando seus serviços e hoje oferece conta sem anuidade, empréstimos, seguro de vida e investimentos. Além de oferecer contas e cartões para empresas. Além disso, se internacionalizaram e hoje oferecem seus serviços no Brasil, Colômbia e México.
Além disso, a empresa registrou, no último semestre, o seu primeiro lucro operacional depois de passar praticamente quinze anos tendo prejuízos. Mostrando ao mercado que parece ter encontrado a difícil fórmula que une crescimento exponencial com lucros operacionais.
A empresa brasileira, que foi fundada por uma brasileira, um colombiano e um americano parece ter potencial para se tornar em um fenômeno global. Que sorte a nossa!
*Bruno Dreher é consultor, palestrante, especialista em inovação pela Universidade Hebraica de Jerusalém, membro da World Futures Studies Federation (Paris, França) e World Future Society (Chicago, EUA).

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