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ESG: Environmental, Social and Governance

Renan Vargas*

Environmental, Social and Governance

Por que o futuro dos negócios está no ESG

16/07/2021 20:00
Nos últimos anos, presenciamos uma onda de preocupações com meio ambiente, ética e sustentabilidade em todo o mundo. Tudo isso ganhou ainda mais força após três letras fazerem sucesso no mercado: ESG. De forma simples, ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance. O termo é usado para se referir às práticas ambientais, sociais e de governança.
Por que o futuro está no ESG? Isso acontece devido às métricas ESG estarem atreladas ao investimento e gestão responsáveis. Mas a aceleração veio quando essas métricas passaram a ter cada vez mais relevância no mercado. Isso é tão realidade hoje em dia que elas se tornaram pilares que sustentam algumas das principais atividades dentro das organizações. ESG é prioridade de gestão, de posicionamento, de visão de futuro e do legado que se quer deixar, uma vez que ter métricas destes impactos é a grande virada.
Para se ter uma ideia desse crescimento, uma pesquisa global da consultoria Mazars apontou que, dos 37 bancos analisados (sendo dois brasileiros), 87% das instituições financeiras afirmaram que agora oferecem produtos com características responsáveis a seus clientes. Em 2020 a média era de 47%.

Como o ESG se tornou tendência?

O segmento ESG surgiu em 2005 no relatório Who Cares Wins, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), e tornou-se uma das principais referências de transparência das empresas no mercado. Os três pilares servem como critérios de análise para que um investidor busque retornos de impactos positivos econômicos, mas também sociais e ambientais.
O ESG é baseado em uma série de critérios e exigências. Por isso, precisamos considerar que a sustentabilidade e a ética têm sido temas de relevância não somente entre investidores, mas entre as próprias empresas em um mercado competitivo.
Preocupadas com seu público consumidor, empresas dos mais diversos setores passaram a adotar as práticas ESG em busca de tornar suas iniciativas sustentáveis mais transparentes e equilibradas, já que as métricas dessas ações avaliam os três pilares simultaneamente.
Essas mudanças acontecem devido ao mercado consumidor estar mais exigente e preocupado com questões ambientais, além de querer saber como a empresa, da qual ela consome, está contribuindo com a sociedade. Isso tudo as levaram a propor e aplicar modificações em seus negócios.
De acordo com a Revista ESG Trends, que tem a Câmara Americana do Comércio (AmCham) como uma das curadoras, a tendência ESG ganhou ainda mais força e chegou aos investidores, que passaram a focar nessas métricas como análise. Enquanto aumenta o número de investidores preocupados com ética e sustentabilidade, ampliam-se as possibilidades de investimentos em empresas que promovem impacto positivo de maneira transparente, mensuradas através dessas métricas.

Por que investir em ESG

Adotar o ESG trará diversos benefícios para as empresas que seguirem por este caminho – como, por exemplo, competitividade, lucratividade e uma reputação consolidada e responsável diante do seu segmento de atuação no mercado.
Com o crescente interesse pelo ESG, aumenta-se também o número de produtos disponíveis no mercado financeiro. A Bolsa brasileira (B3), por exemplo, mantém, há mais de 15 anos, um conjunto de índices de sustentabilidade, como o ICO2 B3 (Índice Carbono Eficiente) e o ISE B3 (Índice de Sustentabilidade Empresarial).
O assunto é de extrema relevância tanto para investidores quanto para as empresas que buscam acompanhar as evoluções do mercado global. Os empreendimentos ESG utilizam esses critérios com um propósito e entendem seu papel na sociedade. Em outras palavras, eles têm uma função social e estão buscando fazer a diferença.
* Renan Vargas é cofundador e CCO da Trashin. Formado em Publicidade e Propaganda na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), MBA Internacional em Gestão de Vendas na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Ohio University (Estados Unidos); e Mestre em Gestão e Negócios pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Université de Poitiers (França).

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