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Josef Rubin*

Protagonismo e execução

Não existe especialista em coisa inédita

06/06/2020 11:00
“Não existe especialista em coisa inédita”. Essa frase foi falada pelo Paulo Kakinoff, presidente da Gol, durante uma entrevista para a CNN Brasil. A crise que estamos vivendo é sem precedentes. Além de estarmos combatendo um inimigo novo e invisível, estamos vivendo o que é provavelmente a maior crise financeira desde a 2ª Guerra Mundial.
Com isso, compartilho aqui três grandes aprendizados que tive durante a pandemia até agora.
Com o avanço da internet e redes sociais, de tempos em tempos surgem alguns “gurus”. Normalmente são profissionais com boa comunicação e muitas certezas.
Tenho visto muitos conteúdos desses gurus sobre “qual é o melhor investimento para você ficar rico em pouco tempo”, “assim vai ser o novo normal”, “conheça aqui o plano infalível de retomada para sua empresa”, entre outros. Meu aprendizado aqui, seguindo a linha lógica da frase do título desse artigo, é: não acredite em ninguém que tem muitas certezas nesse momento. Essa pessoa provavelmente estará errada.
Execução nunca valeu tanto. Com o susto do início da pandemia, muita gente acabou ficando com aquele discurso de “quando isso acabar, eu vou…”. Os profissionais e as empresas que vão conseguir superar melhor a crise do que outros são os que não estão esperando tudo acabar para começar a agir. Arregaçaram as mangas e foram correr atrás dos seus sonhos.
Durante uma reunião de time da Conquer, ao agradecer pelo excelente trabalho que estamos fazendo durante a pandemia, meu sócio Sidnei Júnior disse: “mais malucos do que ter ideias malucas é executar ideias malucas com excelência. Muito obrigado”.
Talvez nem mesmo ele tenha percebido, mas a frase resume muito bem o que faz a diferença no mundo real: protagonismo e execução. Sempre acreditei no mantra de que, cedo ou tarde, o bom trabalho será reconhecido. Agora, mais do que nunca, esse mantra se fortaleceu, e isso vale em dobro para quem vem fazendo o certo e ajudando ao próximo de forma genuína.
Sou sócio de uma startup de gastronomia chamada The Market. Desde o início da pandemia decidimos dar opção dos nossos clientes fazerem doação de alimentos. Sem custo nenhum, preparamos refeições e, junto com ONGs parceiras, doamos pratos de comida para pessoas com necessidade. Já foram milhares de pratos de comida, e o que me chamou atenção foi o desejo real de muita gente em ajudar.
Uma consequência dessa ação genuína que fizemos foi que a marca ficou mais conhecida e a nossa base de assinantes cresceu consideravelmente. Este é só um exemplo, mas com tudo que está acontecendo podemos ver empresas fazendo a diferença (Magalu, Ambev e Conquer são exemplos), e estão de imediato sendo reconhecidas por essa diferença que estão fazendo. É bom saber que, no final, o bom trabalho continua sendo reconhecido.
Até o momento estes foram meus grandes aprendizados, e sigo aberto, sem certezas, para muitos e muitos mais. E você, já contestou as suas certezas hoje?
*Josef Rubin é sócio e cofundador da Conquer, escola de negócios da nova economia.

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