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Um dos grandes problemas de empresários é manter o fluxo de caixa da organização no azul. Ou seja, conseguir equilibrar as saídas e entradas para não ter prejuízo. Os que não conseguem manter esses números, geralmente abrem um pedido de falência. Segundo o indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, foram realizados em março 132 pedidos de falência em todo o país, queda de 12,6% em relação aos 151 requerimentos efetuados em fevereiro de 2014. Com relação a março de 2013, que registrou 157 pedidos, o recuo foi de 15,9%. Desses 132 pedidos, 65 foram de micro e pequenas empresas, 31 de médias e 36 de grandes.

Para não precisar passar por apuros, a melhor maneira de se prevenir é planejar e simular cenários futuros, sempre presando pelo bom entendimento do ciclo financeiro e operacional da empresa. É o que afirma Eduardo Schermak, professor da Pós-graduação em Administração de Empresas do ISAE/FGV, que receber a vista e pagar a prazo é o sonho de todo departamento financeiro, pois desta forma não precisa captar recurso oneroso com bancos e/ou investidores. “Mas esta façanha nem sempre é possível, por isso, não podemos deixar de calcular nosso “Custo Médio Ponderado de Capital” (CMPC), que é quanto custa o capital da empresa. Este resultado nunca poderá ser superior ao retorno do investimento, pois indica que a empresa não consegue pagar seus financiadores (bancos e acionistas/cotistas)”, coloca.

Como o mercado tem variações e não é uma constante, é necessário este projeto para não ser surpreendido, principalmente com os impostos. O economista Alivínio Almeida coloca que, se os tributos forem devidamente identificados antecipadamente e, inseridos no planejamento, a análise do seu impacto e a definição de estratégias para absorvê-los no caixa é possível.

Por muitas vezes não conseguir manter as contas no azul, os empresários vão em busca de empréstimos, tanto com bancos, quanto com investidores. Nesse momento, deve entrar nas contas o pagamento desse empréstimo. Para Alivínio, “empréstimos são bem-vindos quando destinados ao investimento. Empréstimos destinados a complementar o caixa em custeio demonstram que há deficiências no fluxo de caixa, por desequilíbrio negativo entre recebimentos e pagamentos”. Eduardo coloca que para a expansão, o empréstimo sempre é uma boa alternativa, mas desde que não gere ônus para a empresa. Mas também mostra um outro lado. “Há ramos de atividade que não tem como fugir do empréstimo, principalmente aquelas que dependem de produção. É preciso comprar matéria-prima, aguardar o processo de fabricação, colocar a venda, para daí receber. Por isso é importante ter bancos parceiros e estudar qual a melhor forma de financiamento”, pondera.

Manter o caixa da organização no azul é um desafio constante na vida de empresários e pessoas que trabalham no departamento financeiro. Pois imprevistos acontecem, e vai do planejamento se esse imprevisto será grande, ou já estava dentro do esperado. “O que os empresários não podem é comprometer seu caixa ou captar recurso de curto prazo para financiar investimentos de longo prazo”, alerta Eduardo.

*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, publicado também na 27ª Edição da Revista Perspectiva. O ISAE/FGV é uma instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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