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Geração ODS
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Por CPCE

Fala-se tanto nos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mas, afinal, o que os jovens têm a ver com isso? Os ODS são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015. Eles são compostos por 17 objetivos e 169 metas que devem ser atingidos até 2030. Após quatro anos de encaminhamentos, percebe-se que os desafios são cada vez maiores para alcançar estas metas onde, além dos adultos, os jovens são diretamente impactados.

Atualmente, uma parcela da população de adultos, do poder público, das empresas e das organizações da sociedade civil têm estado à frente das políticas públicas e dos programas e projetos relacionados ao cumprimento desses Objetivos. Porém, como seu progresso está lento, novas estratégias têm sido pensadas.

Dentre elas, a inclusão de novos protagonistas que devem assumir seu papel: a participação da juventude é o fator crítico de sucesso para o alcance das metas como as reduções da pobreza e da fome, da melhoria da educação e da saúde, da valorização das meninas, da redução do uso de água e energia, da redução das desigualdades, geração de empregos, inovação, senso de pertencimento nas cidades, consumo consciente, ações em prol do meio ambiente e a ação voluntária em prol de uma sociedade pacífica.

O jovem cada vez mais pensa além de seu mundo, percebendo uma sociedade mais globalizada e indo além de sua casa, escola e amigos locais. Eles vivem em comunidades, mas também virtualmente alcançam o mundo além das suas fronteiras, ensinando o que sabem e aprendendo formas de realizar o propósito de cada um pensando no outro e nos mais vulneráveis.

A pobreza e a fome atingem crianças e jovens no mundo e no nosso país. Milhões de crianças morrem antes de completar 5 anos e a educação é a chave para esses jovens transformarem suas realidades. Meninas e meninos devem ser reconhecidos como iguais e responsáveis: em casa, por exemplo, devemos reduzir o desperdício de água e energia, e hoje muitas vezes já são os jovens que pedem aos pais para desligarem a luz e fazer um uso consciente da água.

Desta forma, são exemplos e contribuem desde pequenos para incluir outras crianças e jovens em ações de sustentabilidade. Eles sabem que um dia terão o emprego que sonham e desejam, utilizando toda a criatividade para inovar e fazer com que as cidades sejam espaços mais amigáveis para todos. A juventude adquire dia a dia uma nova consciência, verificando se o que é consumido é realmente necessário, reduzindo todo o tipo de desperdício, empreendendo ações coletivas em prol da vida marinha e terrestre, e cada vez mais dizendo não às drogas e a qualquer forma de violência.

Um dos motivos que justificam a maior presença da juventude é que eles também possuem condições de contribuir com o desenvolvimento sustentável, pois ocupam uma faixa etária importante onde se concentra toda a força, a energia e o dinamismo do ser humano. Nada possui maior poder de transformação do que um jovem que acredita em um ideal e numa causa.

Mais importante que as gerações, X, Y ou Z, é a geração ODS que está transformando o mundo: jovens que possuem pleno acesso às informações, se mobilizam em prol do planeta e se posicionam contra ameaças que são potencialmente prejudiciais à vida em todas as suas formas. Da mesma forma, por viverem em um mundo de conflitos e onde a sua visão da realidade é cada vez maior, podem desenvolver projetos e estilos de vida baseados em comunicação não violenta, construindo pontes e caminhos para a promoção da paz.

Porém, eles não podem agir sozinhos. Nesta perspectiva, outro grupo de pessoas torna-se igualmente estratégico: cabe aos políticos, dirigentes empresariais, donos de escolas privadas, professores e líderes globais um papel estratégico e de humildade. Sua função não é apenas a de conduzir a juventude com afirmações clássicas do tipo “o jovem é o futuro”, mas conquistar a liderança em seus segmentos oportunizando efetivamente, para a juventude, posições estratégicas e de liderança em suas empresas ou governos, permitindo aos jovens o exercício pleno de seu potencial para que possam ser protagonistas de um novo mundo, com mais justiça e equidade.

Se o jovem por um lado é a vida e a força de qualquer movimento, a geração mais madura deve dar eles conhecimentos, oportunidades, habilidades e principalmente exemplos com sua experiência e ética, colaborando nos processos de transformação. Novos paradigmas estão sendo construídos a partir dos ODS e da geração que está sendo escolarizada dentro desta cultura: surgem diariamente novas maneiras de ver, sentir e transformar o mundo. O jovem deve ter a coragem para se levantar e substituir modelos que, de uma forma ou de outra, nos trouxeram até esta situação caótica. Eles são o maior exemplo de esperança e de outro mundo possível.

Desta forma, todos são convidados e podem contribuir para o aumento da confiança no futuro e da participação cidadã da juventude em programas, projetos e práticas para o desenvolvimento sustentável. Nesta percepção, nosso modelo de “desenvolvimento” precisa ser questionado em prol das gerações futuras, pois será quase impossível garantir as condições de vida no planeta se continuarmos com o atual modelo de consumo. Os jovens, cada vez mais, estão percebendo esta situação.

A juventude tem um papel estratégico na Agenda 2030 em prol de uma sociedade mais justa e fraterna. Como se diz, “é de pequeno que se constroem atitudes cidadãs, ” que contribuem com as Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias como:

SER Solidário! (ODS1)

COMER alimentos nutritivos (ODS2)

CUIDAR da sua higiene e saúde (ODS3)

ESTUDAR sempre (ODS4)

RESPEITAR as meninas e as diversidades (ODS5)

REDUZIR o desperdício de água e energia nas suas casas (ODS6 e 7)

SE PREPARAR para o futuro (ODS8)

INOVAR!  (ODS9)

DOAR e DIVIDIR (ODS10)

OCUPAR os espaços nas cidades (ODS11)

REDUZIR todo o tipo de desperdício, (ODS12)

NÃO POLUIR! (ODS13)

PROTEGER as espécies marinhas e terrestres (ODS 14 e 15)

DIZER não às bebidas, fumo e drogas (ODS16)

SER voluntário (ODS17)

Nessas condições o futuro se constrói no presente, em rede, em cooperação e em solidariedade.

*Artigo escrito por Gustavo Adolpho L Brandão, representante do Mentoris, e Rosane Fontoura do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE. O CPCE é colaborador voluntário do Blog Giro Sustentável.

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