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Desde 1985, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 5 de dezembro como Dia Internacional do Voluntariado. O objetivo da Organização era promover e incentivar ações voluntárias em todo o mundo. Essa data nos traz uma reflexão importante em relação ao verdadeiro significado de ser um voluntário. Voluntariar-se envolve doar tempo, dedicação e abdicar de horas de sono em prol do outro. Implica sair da zona de conforto e despender energias com um objetivo: construir um mundo com melhores condições de vida.

De acordo com a ONU, “voluntário é o jovem, adulto ou idoso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração, a diversas formas de atividades de bem-estar social ou outros campos”. Mais do que dedicação, ser voluntário envolve empatia. Segundo o dicionário Michaelis, empatia é a “habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa” ou ainda a “compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem”. Como resultado: abraços, sorrisos, gratidão sincera, além do imenso orgulho ao observar o impacto de seu trabalho na criação de um mundo melhor.

Há oito anos reservo parte de meu tempo para trabalhar como voluntária e parece até clichê dizer isso, mas a maior beneficiária dessa dedicação fui eu. Tive o prazer de ver grandes projetos saindo do papel e impactando milhares de vidas, tive a permissão de acompanhar o desenvolvimento de seres humanos incríveis e evoluir com eles.

Em 2016, voltei minha carreira ao terceiro setor e hoje trabalho em propostas de programas de voluntariado corporativo para empresas investidoras da Ação Social para Igualdade das Diferenças (ASID Brasil). Nesse período, pude observar empresários que utilizam voluntariado corporativo como ferramenta estratégica de gestão. Ações como essas, além de promover o alto impacto social, são utilizadas para o desenvolvimento da equipe de colaboradores. São passos como esses que impulsionam a implementação de uma nova cultura.

Quando empresários utilizam seus recursos com o objetivo de promover impacto social e valorizar seu ativo humano, podem observar diversos benefícios, como a melhora do clima organizacional e o desenvolvimento de competências em sua equipe. A pesquisa “Perfil do Voluntariado Empresarial no Brasil III”, de 2012, realizada pelo Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE) mostra que as empresas privadas são as maiores promotoras de voluntariado no Brasil, com 81% de participação. Dentre essas, as nacionais lideram com 62% de participação e as multinacionais, com 19%.

Em 65,2% dos casos levantados pela pesquisa, a iniciativa de ações voluntárias partiu da própria empresa. Os indicadores levantados ainda mostram que 69,5% dessas organizações desenvolvem ações voluntárias há mais de cinco anos, sendo que metade delas iniciou os projetos há mais de dez. Um dos principais motivos apontados por essas empresas para incentivar os seus colaboradores a realizarem ações de voluntariado é o interesse pelo desenvolvimento social da comunidade localizada ao redor da companhia: 50,7%.

Para a consolidação de ações voluntárias de alto impacto é necessária muita organização e profissionalismo. Pensando na dificuldade das empresas para a estruturação dessas frentes e acreditando que o voluntariado pode transformar a realidade que nos deparamos todos os dias e fortalecer as empresas que o incentivam, a ASID lançou o e-book intitulado “Como fomentar o voluntariado corporativo”. Esse presente lançado em comemoração ao Dia Internacional do Voluntariado pode abrir horizontes e dar um norte para empresas e organizações que desejam entrar nesse desafio.

Iniciativas voluntárias por parte de empresas podem incentivar milhares de pessoas a mudarem suas vidas. As palavras do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, no dia 5 de dezembro de 2009, explicam a importância dessas frentes de atuação para sociedade: “O trabalho voluntário é uma fonte de força comunitária, superação, solidariedade e coesão social. Ele pode trazer uma mudança social positiva, promovendo o respeito à diversidade, à igualdade e à participação de todos. Está entre os ativos mais importantes da sociedade”.

*Artigo escrito por Manuella Costa Pires, graduada em Jornalismo pela PUCPR e participante por um semestre de especializações voltadas à Comunicação, Cultura e Inovação Editorial pela Universidad Anáhuac Mayab, no México. Atua na área de comunicação empresarial há três anos, sendo responsável há um ano pela criação de propostas e projetos para investidores sociais da ASID Brasil (Ação Social para Igualdade das Diferenças), OSC que trabalha para aprimorar a gestão das instituições gratuitas de atendimento e ensino a pessoas com deficiência, resultando na abertura de vagas e melhoria da qualidade de atendimento. A ASID colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

**Quer saber mais sobre cidadania, educação, cultura, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Acompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook: InstitutoGrpcom, Twitter: @InstitutoGRPCOM e Instagram: instagram.com/institutogrpcom

 

 

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