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É uma semana de dias cinzentos em Curitiba.

Mas esta quarta-feira amanheceu bem mais triste. Morreu o professor Carlos Roberto Antunes dos Santos.

Daqui do balcão de fórmica deste nosso blog, aprendemos a admirar Antunes faz tempo. Doutor em História da Alimentação, ele orientou trabalhos acadêmicos que renderam livros que contam, por exemplo, a história de um dos nossos cantos preferidos da cidade, o Bar Palácio.

A admiração só fez crescer quando, ano passado, passamos dia e meio rodando por bares, restaurantes e quetais como parte do corpo de jurados do “Sabor Popular” do prêmio Bom Gourmet.

Chatos e radicais que somos, às vezes, ficamos felizes e orgulhosos ao ver o “professor” ao nosso lado durante os trabalhos da premiação, em posições um tanto polêmicas.

Depois desse encontro, sempre falamos em convidar o professor pra uma cerveja no Palácio. Para, à melhor maneira slow food, ficarmos horas à mesa ouvindo as histórias que ele certamente teria para contar. Não só sobre gastronomia (alta, média e baixa), mas também sobre futebol. O professor era filho do lendário Ruy Castro dos Santos, o “Motorzinho”, técnico do timaço do Atlético, o Furacão original de 1949.

Não deu tempo. A vida às vezes é madrasta. E o professor se foi antes do nosso convite.

Mas, como disse um amigo, outro dia, quando alguém tão grande se vai, em meio à tristeza, há que se celebrar a vida que compartilhou conosco. Para além disso, o professor Antunes deixa uma obra. E essa não morrerá nunca.

Vá em paz, professor.

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Rafael Martins

Guilherme Caldas

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