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Na semana da Independência, o presidente Jair Messias Bolsonaro deu vazão aos costumeiros arroubos messiânicos e deixou muito claro que independência nos olhos dos outros é petismo. “Ou me apoiam ou o PT volta”. Eu me lembro de quando o PT ameaçava: “Ou me apoiam ou o bolsa-família acaba”. Exemplos de independência política.

Por essas e por outras, as eleições de 2018 foram desgraçadamente reduzidas a um plebiscito a respeito dos governos petistas. O que já era ruim (debate) ficou pior. Não julgo, constato. A centro-esquerda não soube ou não quis se distanciar de Lula, e a centro-direita não quis ou não soube se aproximar do eleitor. Por insondáveis razões, parecia haver só dois candidatos: Haddad e Bolsonaro. O erro e a vontade de errar.

Queria entender bem essa história de “...ou o PT volta”. Volta de que jeito? PT é influenza, cometa Halley, fiscal de prefeitura? O “PT volta” se, e somente se, no próximo pleito o eleitor quiser que volte; caso contrário, nada feito. É esquisito, mas democracia tem dessas. Uma hora o Bolsonaro se acostuma, tenho fé.

Faz tempo escrevo, insisto, argumento, rezo para que o enterro desse morto-vivo que é o “partido dos trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não estudam e dos intelectuais que não pensam” (saudades, Roberto Campos) seja feito de uma vez por todas – nas urnas. À parte os crimes cometidos que merecem ou esperam julgamento, a falência do que há de mais retrógrado na esquerda tem de ser decretada pelo eleitor. Ele é o juiz.

O resto é chantagem fiada que não combina com o Dia da Independência.

“Não temais ímpias falanges/ Que apresentam face hostil...”

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