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Foto : Namour Filho
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Foto : Namour Filho
O consultor do mercado de luxo, Carlos Ferreirinha (Foto : Namour Filho)

 

Para a última High End do ano, a coluna conversou com a autoridade máxima no Brasil, quando o assunto é mercado de luxo. Carlos Ferreirinha, ou “Ferreirinha“, como é mais conhecido, falou sobre o desempenho desse universo no país em 2016, e as perspectivas para 2017. Ex-presidente da Louis Vuitton Brasil, ele é fundador e presidente da MCF Consultoria, empresa referência em consultoria e capacitação, que tem entre os seus clientes empresas como O Boticário, Tiffany&Co., Nissan, Mastercard e Samsung, só para citar algumas.

– Como foi o ano de 2016 para o mercado de luxo no Brasil? Você tem números de crescimento, ou de queda no consumo?

O ano de 2016 foi complicado, severamente desafiador, no que tange às vendas de varejo, tivemos um crescimento médio entre 12% e 15%. O principal motivo foi a forte queda do consumo de brasileiros no exterior, o que favoreceu o consumo no Brasil. Entretanto, quando levamos em conta a inflação, a defasagem cambial, o incremento de custos em geral, o resultado financeiro das marcas não esta positivo.

– Você sentiu mudanças no comportamento dos consumidores desse universo?

De forma geral o cliente está causteloso, sem ânimo e entusiasmo. E motivação é o fator principal de consumo para o luxo. Assim, o esforço das marcas têm sido grande e a prioridade número um nesse ano de 2016 foi relacionamento com o cliente. Fazer mais, cuidar mais.

– Quais foram os destaques no setor?

Tivemos destaques positivos no turismo. Foi um bom ano para operações especiais brasileiras como os incríveis Ponta dos Ganchos, em Governador Celso Ramos (SC). Nannai Resort, em Ipojuca (PE), e o Kenya, em Barra de São Miguel (AL). Os brasileiros viajaram menos para fora e redescobriram o Brasil nesses destinos de luxo.

– O que você pode falar sobre o ano de 2016 no mercado de luxo de Curitiba? Você viu algum crescimento, algum destaque? Ouvimos falar que “Curitiba é a terceira cidade ‘do luxo’ no Brasil, atrás de SP e RJ”. Você concorda? Ouvimos também que o Nordeste, como Recife, está muito forte nesse segmento.

O terceiro mercado em consumo de luxo no Brasil, considerando todas as atividades, é a região Nordeste, com destaque para Recife.
Mas quando falamos somente de varejo de nicho, Curitiba está na terceira posição, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. O destaque foi exemplar na capital Paranaense, para a maior parte das marcas de luxo, nesse segmento.
Ainda no varejo, para as marcas de luxo tradicionais, que todos lembram rapidamente dos nomes, foi o ano das vendas especiais em diversas regiões do Brasil – que não eram parte das regiões estratégicas. Foi o ano do Trunk Show, das vendas privadas, das Pop-Ups… Algo novo e raro para as marcas de luxo no Brasil.

– E para o ano de 2017, o que você pode falar sobre as novidades para o mercado de luxo no Brasil? Existe alguma expectativa de crescimento? Alguma mudança no comportamento?

O ano de 2017 terá um crescimento que ficará na ordem entre 8% e 12%. Claro que para um país que derreteu, crescer esse percentual é forte. Mas, temos que lembrar que essa atividade crescia 18%, 25%. Será o ano da “prova dos 9“. Quem conseguiu passar pela turbulência forte desse ano terá 2017 como o ano do “fazer mais pelo cliente“. Não será o ano de expansão. Será de fortalecimento da operação existente e, possivelmente, veremos ajustes. As marcas que passarem por essa ventania surpreenderão os clientes com ativações especiais de relacionamento, mostrando que estão no Brasil no longo prazo e que seguirão cuidando desses clientes. Podemos, então, esperar por estratégias únicas de encantamento.

 

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