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Prefeitura garante R$ 22 milhões para a ampliação de ciclovias
| Foto:
Brunno Covello/SMCS
Termo de cooperação entre a prefeitura de Curitiba e Ministério das Cidades garantirá R$ 22 milhões para a ampliação da malha cicloviária da cidade.

Faltando 33 dias para deixar o Palácio 29 de Março, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), assinou um termo de contrapartida
junto ao Ministério das Cidades que garantirá o repasse de R$ 22 milhões para investimentos na ampliação da malha cicloviária da cidade.

A contrapartida do município será de R$ 1,7 milhão — valor que deve ser incluído no Orçamento 2013, enviado à Câmara Municipal.

Depois de meia dúzia de medidas pontuais´favoráveis e uma dúzia de medidas atrapalhadas, esse poderá ser lembrado como o legado do prefeito em favor da ciclomobilidade.

Com o valor, a prefeitura poderia, em tese, recuperar 100% da malha viária atual — de 118 quilômetros — e implantar mais 32 quilômetros de ciclovias, ampliando em 27% a rede, que chegaria assim a 150 quilômetros.

A revitalização total da rede demanda o investimento de R$ 14 milhões. O cálculo tem como base informações repassadas ao blog pela própria Prefeitura, que estima em R$ 250 mil o custo por quilômetro para implantação de novas ciclovias e de R$ 120 mil por quilômetro para revitalização das vias existentes.

“É uma das poucas vezes que surge um recurso exclusivamente destinado à ciclomobilidade. Garantimos esses investimentos que são importantes para aumentar a rede de pistas exclusivas para o trânsito seguro de bicicletas, como prevemos no Plano Diretor Cicloviário”, disse o prefeito Luciano Ducci à agência de notícias do governo municipal.

Os recursos federais, de emendas parlamentares já previstas no Orçamento da União, integram o Programa Mobilidade Urbana e Transporte, do governo federal, de investimento exclusivo em infraestrutura de transporte não motorizado.

Projeto

De acordo com a prefeitura, o investimento será feito não apenas na implantação de novas ciclovias, como também na renovação de ramais existentes e na recuperação de calçadas do centro da cidade, conforme previsto no objeto do contrato que tem por base a “elaboração de projetos, recuperação e implantação de ciclovias e recuperação de passeios.”

Infografia/Gazeta do Povo
Gustavo Fruet diz que vai construir pelo menos 300 quilômetros de ciclovias na cidade durante quatro anos de mandato. A reportagem foi atrás do custo dessa proposta. De acordo com os custos atuais, cada quilômetro de uma ciclovia simples de 1,5 metro de largura custa em torno de R$ 150 mil. Isso significa que, neste formato, os 300 quilômetros custariam pelo menos R$ 45 milhões.

Segundo o projeto apresentado pela prefeitura, serão 13 quilômetros de novas rotas cicloviárias na região Sul. A maior delas será uma nova ciclovia na avenida Juscelino Kubitscheck para atender principalmente a trabalhadores que circulam pela CIC. A Juscelino terá 9,5 quilômetros de ciclovias no trecho entre o trevo da BR 277 e a rua João Bettega.

Com três quilômetros, outro novo ramal será na avenida presidente Wenceslau Braz, entre a Linha Verde e a rua Pedro Nogas. A nova ciclovia terá conexão com a já existente na Linha Verde e também com a ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto.

Parte dos recursos será aplicada na renovação de 37 quilômetros de ramais antigos e outros que necessitam de melhorias. Estão na lista do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba obras nos seguintes ramais: Aluizio Finzeto, central, Linha Verde Sul e o ramal norte nas ruas Euclides Bandeira, Cecília Meireles e Flávio Dallegrave. Os projetos para as obras de recuperação estão em fase final de elaboração.

Orçamento

A proposta da Lei Orçamentária de 2013, que se encontra em discussão na Câmara de Vereadores, prevê a destinação de apenas R$ 300 mil para a implantação e revitalização da infraestrutura cicloviária de Curitiba.

Se investir 100% desses recursos no próximo ano, a Prefeitura poderá optar entre construir 1,2 quilômetro de ciclovia – ampliando em 1% a malha atual, de 118 quilômetros para 119,2 quilômetros – ou então recuperar 2,5 quilômetros das ciclovias já existentes, o que representa 2% do total existente. E só.

Alguns vereadores — entre eles Paulo Salamuni (PV), Jonny Stica (PT) e Professor Galdino (PSDB) já sinalizaram que vão apresentar emendas ao orçamento para ampliar os recursos para a ciclomobilidade no orçamento de 2013. Os valores exatos da emenda de cada parlamentar deverão ser confirmados nos próximos dias.

A equipe de transição do futuro prefeito também já estaria a par do problema e estaria buscando garantir mais recursos com verbas federais e via emendas ao orçamento.

Plano Diretor Cicloviário

Reprodução/Ippuc
Com recursos orçamentários próprios, prefeitura poderia ter recuperado 98% da rede cicloviária desde 2010.

De acordo a prefeitura, entre 2009 e 2012 foram implantados ou ainda está em andamento a implantação de 27,9 quilômetros de infraestrutura para circulação de bicicletas em diferentes regiões da cidade.

O Plano Diretor Cicloviário elaborado pelo Ippuc e que prevê aumentar em até 400 quilômetros a malha cicloviária da cidade com novas pistas exclusivas para bicicletas, ciclofaixas e trechos de uso compartilhado. A criação de novos ramais se integrará gradativamente à rede atual, de 118 quilômetros.

Avenida das Torres

O Ippuc incluiu ainda a implantação de 10 quilômetros de infraestrutura cicloviária na avenida Comendador Franco (avenida das Torres). As obras integram o pacote de requalificação do Corredor Aeroporto/Rodoferroviária, financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa 2014.

Previsto no Plano Diretor, o projeto para esse eixo prevê a implantação de infraestrutura cicloviária nos dois lados da avenida das Torres, com sentidos opostos, totalizando 20 quilômetros no trecho até a divisa com São José dos Pinhais.

com informações da Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba

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