O alto preço dos combustíveis tem sido uma das maiores pedras no sapato do presidente Jair Bolsonaro. Para tentar reverter essa situação ele passou a defender a ideia de que estados mudem a forma como tributam os combustíveis. A medida gerou reação por parte dos governadores, que pediram que o presidente reduzisse os impostos federais. A seu modo, Bolsonaro trucou: "Eu zero [o imposto] federal, se eles zerarem o ICMS [dos combustíveis]. Está feito o desafio aqui agora. Eu zero o federal hoje, eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito".
Se aceito pelo governo do Paraná, o desafio lançado pelo presidente de zerar o ICMS sobre combustíveis custaria cerca de R$ 6 bilhões ao ano para os cofres do estado. O montante equivale a cerca de 22% da arrecadação total com o tributo e a quase 10% da receita total do estado.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) não comentou as declarações do presidente, mas entre aliados do governo a leitura é de que a fala de Bolsonaro foi uma bravata. Nem a União, nem os estados podem abrir mão dessas receitas. Para o deputado federal Rubens Bueno (Cidadania), o presidente deveria ter conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, antes de se manifestar sobre o assunto.
“Se não consulta acaba falando besteira. Deveria ter falado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, antes de sair fazendo bravata. Um governante precisa ser responsável. Como é que ele vai abrir mãos de mais de R$ 27 bilhões assim? Já falta dinheiro para a saúde, a educação e a segurança. Ele precisava dizer como iria compensar mais essa perda”, afirmou Bueno.
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