As empresas estatais do Paraná têm sido o principal tema da viagem de Ratinho Junior (PSD) a Nova York, nos Estados Unidos. Depois de recuperar a confiança dos investidores que havia sido estremecida em junho após Ratinho questionar o reajuste da Copel, o governador eleito deu sinais de que sua gestão pretende privatizar a Compagás e a Copel Telecom.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, ele afirmou que a equipe de transição está discutindo com a diretoria da Copel a venda de ativos que não sejam centrais para a atividade da estatal.
“Vamos discutir a venda da Copel Telecom em um momento oportuno”, disse Ratinho Júnior, ao jornal Valor Econômico. O governador disse ainda que, privada, a companhia de telecomunicações pode ter mais agilidade e ser mais competitiva.
Apesar de já ter havido rumores sobre o interesse do governo em vender a Copel Telecom, essa é a primeira vez que o assunto é abordado diretamente pelo governador eleito. Em fevereiro deste ano, fontes da TIM informaram que a terceira maior operadora de telefonia móvel do país teria interesse em comprar a Copel Telecom.
A venda de ativos da Copel sempre foi vista com interesse pelo mercado financeiro, que nas oportunidades que tinha de apresentar demandas e propostas ao governo sempre colocava esse tema na mesa.
Sobre a venda Compagás, Ratinho Junior já havia defendido a proposta ainda durante a campanha. Durante uma sabatina, ele afirmou que as prioridades de seu governo serão saúde, educação, segurança e infraestrutura.
“Por que o Paraná precisa ter uma empresa de gás?”, questionou. “Uma empresa com altos cargos, com conselheiros ganhando entre 40 e 50 mil no mês. Estou dando um exemplo, mas acredito que temos que vender a Compagás e investir nas áreas onde é mais importante o poder público investir”, disse, segundo registro ParanáPortal.
Em Nova York, ao Valor Econômico, Ratinho voltou a falar sobre o assunto, afirmando que a estatal paranaense de distribuição de gás natural também é candidata a ser privatizada. “Mas não de imediato, tudo será muito bem planejado”, afirmou.
Na mesma entrevista, o governador disse que as privatizações da Copel e da Sanepar não estão em discussão. “São boas empresas, com bom desempenho, lucratividade e prestação de serviço”, afirmou.
O governador eleito nunca escondeu os planos de adotar uma postura mais favorável a privatizações e concessões.
“Delegar serviços públicos que podem ser desempenhados com maior eficiência e qualidade por empresas privadas não significa enfraquecer o Estado, desde que este seja o elemento regulador desta delegação, pois ela sempre virá acompanhada do seu fortalecimento”, dizia o plano de governo do então candidato do PSD.
Acompanhe o blog no Twitter.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Após desmoronamento, BR-277 em Guarapuava ficará ao menos uma semana com bloqueio parcial
Deixe sua opinião