*Com informações de Naiady Piva
O deputado federal Fernando Francischini (PSL), principal aliado de Jair Bolsonaro (PSL) no Paraná e deputado estadual eleito com a maior votação da história, usou R$ 28 mil de dinheiro público da cota parlamentar à qual os deputados têm direito para fazer pagamentos à Novo Brasil Empreendimentos Digitais. A empresa foi apontada como responsável por 68 páginas e 43 perfis pró-Bolsonaro que foram tirados do ar nesta segunda-feira (22) pelo próprio Facebook.
Essa era a maior rede pró-Bolsonaro da internet e segundo o Facebook os donos dessas páginas violaram as políticas de autenticidade e spam. Eles criavam contas falsas e tinham diversas contas com os mesmos nomes para administrar essa rede, que tinha mais engajamento na internet, por exemplo, que as páginas de Madonna, Neymar e Anitta.
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Ao todo, Francishini realizou sete pagamentos à empresa entre os meses de dezembro de 2017 e maio de 2018. Os dados estão no portal da transparência da Câmara Federal e a justificava dada pelo parlamentar para os gastos era a “prestação de serviços para divulgação da atividade parlamentar em meio digital”.
O blog tentou contato diretamente com o deputado e também via assessoria, mas as mensagens não foram respondidas e as ligações não foram atendidas.
Em maio, quando já se relacionava a Novo Brasil Empreendimentos Digitais à propagação de Fake News, Francischini disse ao UOL que a empresa prestava consultoria em redes sociais e editava alguns vídeos para publicação nos perfis do deputado e que os pagamentos não têm relação com essa rede de perfis.
Para justificar a remoção das páginas, o Facebook afirmou que “autenticidade é algo fundamental”.
“Acreditamos que as pessoas agem com mais responsabilidade quando usam suas identidades reais no mundo online. Por isso, exigimos que as pessoas usem seus nomes reais e também proibimos spam, uma tática geralmente usada por pessoas mal-intencionadas para aumentar de maneira artificial a distribuição de conteúdo com o objetivo de conseguir ganhos financeiros”, diz a nota do Facebook.
Notas fiscais da prestação dos serviços publicadas pela Câmara Federal
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