No primeiro semestre, o deputado federal de primeiro mandato Felipe Francischini (PSL) conseguiu relevância na Câmara – apesar da pouca idade e da inexperiência parlamentar – ao presidir a Comissão de Constituição e Justiça durante a análise da reforma da Previdência pelo colegiado. Passado esse momento, o paranaense busca uma nova bandeira para se manter em evidência no debate público. A pauta escolhida foi o Pacote Anticrime proposto pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.
Nos últimos dias, em todas as oportunidades que teve, Francischini falou sobre a necessidade de os projetos serem aprovados. Ao receber uma das premiações do prêmio Congresso em Foco, disse que a proposta não poderia ficar parada na Câmara. Às 17h da última sexta-feira, quando a vida política em Brasília já hibernava, o deputado convocou uma entrevista coletiva para informar que pautaria um dos projetos do pacote na reunião desta terça-feira da CCJ.
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A articulação de Francischini tem ido além do Congresso Nacional. Na segunda-feira (23), esteve no Rio de Janeiro onde se reuniu com o governador Wilson Witzel (PSC) poucos dias depois da morte de Agatha Félix, menina de 8 anos atingida por um tiro nas costas disparado por um Policial Militar no Rio de Janeiro. O assassinato impeliu o debate sobre o excludente de ilicitude, um dos pontos do pacote que mais tem suscitado discordâncias.
Nesta terça-feira (24), Francischini partiu para a ação e pautou um dos três projetos do pacote na Comissão de Constituição e Justiça. O PLP 38/2019 estabelece que, no caso de crimes comuns e eleitorais interligados, o processo será separado para que a Justiça Eleitoral julgue o crime eleitoral, e a Justiça comum, o de sua competência. O projeto não avançou na sessão de terça-feira porque a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) pediu vistas e sugeriu a realização de uma audiência pública. A expectativa de Francischini é que o texto seja votado pela Comissão na próxima semana.
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