Na entrevista coletiva que concedeu após anunciar que deixa o cargo no dia 6 de abril, o governador Beto Richa (PSDB) não disse por qual chapa será candidato ao Senado nem qual candidato ao governo vai apoiar. Nos bastidores, entretanto, ficou clara a preferência do governador e de seus aliados pelo grupo político Borghetti/Barros.
Poucos minutos antes da coletiva, o governador participou ao lado do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), de um evento de entrega de ambulâncias. Em seu discurso, Richa defendeu a gestão de Barros à frente do Ministério com o mesmo entusiasmo que defende os efeitos de seu ajuste fiscal. Citou economias na pasta, enalteceu o corte de servidores comissionados e elogiou as qualidades de Barros como gestor.
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Antes do evento, o Ricardo Barros falou à imprensa e deu como certa a presença de Richa na chapa de Cida Borghetti.
“Vamos respeitar a decisão do governador, se deseja ou não concorrer ao Senado. Se desejar, será o nosso candidato ao Senado e juntos vamos buscar a vitória nessas eleições; tanto da vice-governadora quanto do governador Beto Richa para o Senado”, afirmou.
Barros disse ainda que Richa terá liberdade para escolher o nome do segundo candidato da chapa ao cargo de senador.
Depois do anúncio do governador, ficou ainda mais evidente a sintonia entre os grupos de Richa e Barros. A vice-governadora Cida Borghetti fez questão de elogiar Richa e de dizer que nesses meses que terá à frente do estado fará um governo de continuidade.
A boa relação entre Richa e Cida dificulta a candidatura de Ratinho Júnior (PSD) ao governo do Paraná. Sem o apoio do PSDB nem do governo, Ratinho fica mais isolado nas coligações partidárias e corre o risco de perder até apoios que já pareciam consolidados no interior do estado.
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