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Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.
Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.| Foto: Geraldo Bubniak/ANPr

No começo de agosto, o governador Ratinho Junior (PSD) anunciou que o governo federal bancaria as obras de ampliação da pista do aeroporto de Foz do Iguaçu. A negociação foi confirmada em uma reunião que aconteceu na sede da Secretaria de Aviação Civil. O que se disse à época foi que o governo federal pagaria os cerca de R$ 70 milhões da reforma que vai habilitar o aeroporto a receber voos internacionais.

Quase um mês depois do anúncio, o governo federal enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária de 2020. No documento, há a previsão de apenas R$ 197 mil em investimentos no aeroporto de Foz do Iguaçu – o equivalente a 0,3% do orçamento total da obra.

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Para superar a escassez de recursos e ainda assim garantir a execução do projeto, a União recorreu, mais uma vez, a recursos da Hidrelétrica de Itaipu – em um acordo semelhante ao que foi feito para a construção da segunda ponte em Foz.

Segundo informações de Itaipu, o diretor-geral brasileiro da Usina, general Joaquim Silva Luna, se comprometeu a repassar ainda este ano a primeira parte do desembolso previsto para a obra de ampliação da pista de pouso. Dos 70 milhões estimados, R$ 55 milhões serão investidos pela binacional.

“É uma obra de importância similar à da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, financiada por Itaipu, porque vai atrair mais turistas estrangeiros e movimentar toda a economia da região”, afirmou Silva e Luna. Segundo ele, essas ações seguem diretrizes do governo Bolsonaro.

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Em uma audiência pública realizada no Senado Federal no fim de junho, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que esse tipo de parceria foi uma solução criativa do governo para enfrentar a escassez de recursos e o teto de gastos.

“Iniciamos a construção da segunda ponte em Foz com uso de criatividade, porque, observe, não temos dinheiro para fazer um investimento de R$ 450 milhões, mas a gente tem Itaipu que tem obrigação de aplicar aquele recurso que sobra. Então o que fizemos foi um convênio com o governo do estado do Paraná. O governo do Paraná sub-rogou todos os nossos contratos de construção e supervisão, Itaipu paga o governo do Paraná, porque aí a gente foge da questão do teto; eles fazem a obra e a gente supervisiona”, afirmou o ministro na ocasião.

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