O amor bandido de Lula e de seus estrategistas geopolíticos do Itamaraty pela ditadura da Venezuela, como em geral acontece com os amores bandidos, vai ficando mais doente com a passagem do tempo. É a velha história: esse tipo de coisa começa mal, depois piora e daí por diante continua a piorar. Lula, que para complicar as coisas se acha sempre muito mais esperto do que é, decidiu ser o supremo aliado da Venezuela e de seu ditador. Ao mesmo tempo, achou que conseguiria enganar as nações democratas fingindo ser o “estadista responsável” capaz de higienizar a ditadura de Nicolás Maduro e manter um “diálogo civilizado” com ela.
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Deu tudo errado até agora. Como em todas as outras vezes em que se curvou para a Venezuela, Lula ficou no papel da mulher que apanha do marido. Neste caso das eleições que o seu parceiro acaba de roubar, está levando pancada e só tem a perspectiva de levar mais ainda.
Todas as vezes em que se curvou para a Venezuela, Lula ficou no papel da mulher que apanha do marido
Lula e a sua política externa sempre quiseram que Maduro ganhasse, mas tinham certeza de que ele iria dar um jeito de fraudar a eleição e disfarçar a fraude. Por motivos ainda não esclarecidos, a ditadura não conseguiu fabricar os números da votação – e não divulgou até agora os boletins eleitorais que têm de ser apresentados para comprovar quem votou em quem. Certo de que o TSE de Maduro iria publicar algum resultado, seja lá com os números que fossem, Lula disse que não houve nada de “anormal” na eleição, embora não houvesse nada de normal – bastaria publicar as atas e aceitar o resultado, proclamou ele. Quem tivesse alguma reclamação que recorresse à “justiça” da ditadura.
O problema é que até agora Maduro não publicou ata nenhuma, porque os seus sistemas de fraude não funcionaram como previsto - e ficou claro, pelos comprovantes impressos da votação que a oposição recolheu em 80% das seções eleitorais, que ele perdeu. Resultado: o Brasil não pode mais reconhecer a vitória de Maduro, como pretendia, e não pode ficar contra ele, porque não quer.
A ditadura da Venezuela, até o momento, parece disposta a tornar-se escancarada e assumida: o resultado da eleição é o que a gente disse, temos a proteção da China e da Rússia e o mundo que se exploda, com Lula e o Brasil juntos. É o resultado normal de relacionamentos íntimos com criminosos políticos. Eles continuam praticando crimes, sem a mais remota intenção de se “ressocializar”. Os cúmplices que continuem sendo cúmplices.
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