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homem do campo
Trabalho do homem do campo é fundamental para os brasileiros. Basta de perseguição ao agronegócio.| Foto: Michel Willian/Arquivo Gazeta do Povo

Houve um tempo neste país em que se perseguia o “subversivo”, considerado então uma desgraça pior que a saúva – ou o Brasil acabava com eles, ou eles acabavam com o Brasil. Hoje, para a esquerda em geral, para a classe média-alta urbana que reza pelo “verde” e, sobretudo, para milhares de burocratas que habitam a máquina pública, “aparelhada” até o talo nos últimos anos, o inimigo público número 1 do Brasil e do povo brasileiro é o agricultor e o pecuarista.

O agronegócio, neste mundo, não é o setor que mais dá certo em toda a economia brasileira; o único, talvez, que vai realmente bem. Não é o responsável direto por pouco mais de 100 bilhões de dólares em exportações em 2020 – isso mesmo, 100 bilhões de dólares, sem os quais o país não teria como comprar um prego no exterior. Não é um criador essencial de empregos, de renda e de impostos. Não é a área mais competitiva, moderna e tecnológica do universo econômico nacional. Nada disso: o agronegócio, no entendimento dos citados acima, é uma doença a ser exterminada a qualquer custo.

O agronegócio, segundo seus inimigos, está transformando o país numa “monocultura” – um “fazendão”, dizem os intelectuais da cidade, que só serve para produzir soja e espalhar “agrotóxicos”. Está tornando o Brasil “dependente da China”. Está acabando com a “floresta amazônica” – mesmo quando as safras são colhidas no Paraná ou no Rio Grande do Sul. Está levando as pessoas, aqui e fora daqui, a comerem mais carne. Está matando as abelhas – enfim, é uma desgraça só.

O último ataque é particularmente estúpido – trata-se de um negócio chamado “zoneamento econômico e ecológico” do Mato Grosso. É uma aberração através da qual os ditadorezinhos ambientalistas que vivem dos impostos pagos por você estão tentando deixar aleijada uma região inteira do estado que é hoje o principal produtor de grãos do Brasil. Esse “zoneamento” declara que o Vale do Araguaia, uma região com cerca de 20 municípios e 4 milhões de hectares, é uma “zona húmida” – e em zona húmida, segundo propõem os autores da ideia, ninguém pode mexer.

Segundo o “zoneamento” proposto, vai ficar proibido em toda a região, que tem como polo central o município de São Félix, o plantio de soja, milho ou qualquer lavoura intensiva. Vai ficar proibido o cultivo de pastagens para criação de gado. Vai ficar proibida, até mesmo, a criação de peixes em tanques de água – uma atividade de subsistência para assentados da reforma agrária e proprietários de áreas mínimas de terra. Só será permitida a pesca natural, nos rios – provavelmente sob a fiscalização, controle e permissão dos criadores do “zoneamento” e, quem sabe, do Ministério Público do “Meio Ambiente”. É uma alucinação.

Um país está com problemas sérios quando quem trabalha no campo, e está dando uma contribuição vital à sociedade, precisa pedir licença para fazer o seu trabalho a um bando de burocratas que não foram eleitos por ninguém.

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