• Carregando...
atifa
Membro de torcida organizada protesta contra o presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, cobrindo o rosto com um lenço onde se lê “antifascista”| Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou. Vai declarar o movimento antifascista, conhecido como Antifa, como organização terrorista. Tenho lido algumas coisas de gente assombrada por causa disso. “Como lutar contra o fascismo pode ser chamado de terrorismo?”. Ou mais: “Como criminalizar quem luta pela democracia?”

A questão é que os antifas não lutam por democracia alguma. Sendo justo, “democracia” para eles é a destruição do Estado e suas instituições. O fim da religião e da imprensa. Antifas querem o caos. São o “braço armado” dos anarquistas: os black blocs.

Voltando ao terror antifa. É apenas um justo reconhecimento pelo que fazem hoje e seus genitores, os anarquistas, fizeram. O terrorismo moderno tem origem nessas organizações. O curioso é que foram eles mesmos que se autodenominavam terroristas.

Os anarquistas da Narodnaya Volya (Vontade do Povo) foram os pioneiros. Eles realizaram um atentado a bomba que resultou na morte do czar Alexandre II, em 1881. A academia definiu o evento como o início da “primeira onda do terrorismo”. A violência se alastraria pela Europa.

O terrorismo anarquista foi responsável pela morte do presidente francês Marie-François-Sadi Carnot (1894); da rainha Elisabeth, da Áustria (1898); e do rei Umberto I, da Itália (1900). Este é o DNA antifa.

A violência política atravessou o Atlântico e em 1901, o 25º presidente dos Estados Unidos, William McKinley foi assassinado a tiros por um anarquista de origem polonesa. Um caso, infelizmente, negligenciado pela história.

Em 2013, vi nas ruas de São Paulo a eclosão do embrião black bloc brasileiro. Eram poucos, muito poucos. O poder deles era o de detonar a confusão. São os “organizadores do caos” como descrevi em um texto naquele ano. O que vimos neste domingo em São Paulo, nos protestos contra o presidente Jair Bolsonaro, foram gangues copiando o modelo.

É bizarro ver vandalismo sendo chamado de “defesa da democracia”. A ignorância e a má-fé são terrenos férteis para esse tipo de truque. Ou por falta de vocabulário, ou pela utilização marota dele, o mais cômodo é entalar tudo aquilo que não gostam sob o rótulo de fascista.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]