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Como uma bilionária espanhola pode acabar com a guerra na Ucrânia
| Foto: Reprodução Twitter

Agora vai. A bilionária espanhola Ana Botín, presidente do Banco Santander e uma das mulheres mais ricas da Europa, afirmou em uma entrevista ao jornal “El Mundo” que já deu sua contribuição contra a invasão da Ucrânia pela Rússia: baixou um pouquinho a calefação da humilde casa onde mora. “São pequenas coisas que nós, consumidores, podemos fazer”, afirmou, com a falsa humildade habitual nos ricos de esquerda que adoram ostentar virtude e consciência social em público enquanto continuam usufruindo das benesses do capitalismo na vida privada.

Minhas fontes do Kremlin informam que Vladimir Putin, quando soube da atitude de Botín, ficou desesperado. Convocou uma reunião urgente do alto comando das Forças Armadas russas para discutir o que fazer: na pauta, a proposta de retirada imediata das tropas, ou mesmo a rendição incondicional dos soldados russos.

Aproveitando o carnaval fora de época, Putin entregará os pontos e cantará a marchinha “Bandeira branca, amor, não posso mais”. Ana Botín terá salvado a vida dos ucranianos e se candidatará a Prêmio Nobel da Paz, ao lado de Greta Thunberg e Elon Musk - e poderá voltar a usar a calefação no talo! (Por via das dúvidas, atenção: estou sendo irônico.)

Só não ficou claro a qual de suas casas a bilionária se referia, já que ela possui mansões em Madri, na Cantábria, em Londres e em Gstaad, nos Alpes suíços. Aliás, um jornalista maldoso sugeriu que seria mais eficaz Botín contribuir com a Ucrânia doando os 2 bilhões de Euros que ela teria depositado em contas secretas na Suíça...

Esse jornalista bobinho não entendeu nada. A ideia não é ajudar de verdade, mas apenas lacrar, ficar bem na fita e colar o carimbo de virtude na testa – e, consequentemente, ser deixado em paz pelas milícias do ódio do bem. Nunca foi tão fácil e barato ter a consciência limpinha e se sentir uma boa pessoa.

Como se sabe, a esquerda não é mais inimiga dos milionários que detêm os meios de produção e exploram os trabalhadores, ao contrário: estes se tornaram seus aliados. Como diria o Capitão nascimento, o inimigo agora é outro.

Os inimigos da esquerda hoje não são os ricos: são as pessoas que, em qualquer classe social, conservam sua independência e se recusam a pagar pedágio para a agenda progressista e o fascismo identitário, movimentos que distraem as massas que vivem de esmola enquanto políticos e os integrantes das verdadeiras elites faturam alto – socializando, entre eles, as riquezas do país. É este o verdadeiro sentido do socialismo para os ricos.

O fenômeno dos ricos socialistas (socialistas com o dinheiro dos outros, bien entendu) é planetário, e a Espanha não é diferente do Brasil. Basta lembrar que, recentemente, a proprietária da empresa Magazine Luiza se declarou socialista (“desde os 10 anos de idade”) – o que gerou uma enorme repercussão na Internet, que pode ser resumida nos posts abaixo.

O humor é a única coisa que ainda nos salva.

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