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Duas ótimas notícias que você não viu na TV nem leu nos jornais
| Foto: Reprodução Twitter

Nos últimos dias, o Governo federal divulgou dois dados importantes que foram tratados pela grande mídia de forma quase confidencial. primeiro, a queda significativa do número de homicídios no Brasil em 2021; e o desempenho agregado da economia brasileiro no biênio 2020/2021, o período da pandemia de Covid-19 – desempenho superior ao de todos os países ricos, com exceção dos Estados Unidos.

Queda de 7% no número de homicídios

É o menor número desde 2007: foram 3.000 mortes a menos, na comparação com 2020.

Em nota que foi praticamente ignorada pela mídia, o Ministério da Justiça e Segurança Pública também informou:

- Que a queda no número de homicídios foi resultado direto dos investimentos em segurança pública feitos pelo Governo federal;

- Que uma ação do Ministério da Justiça, o Projeto Excel, descapitalizou as organizações criminosas associadas ao narcotráfico em mais de R$ 1 bilhão;

- Que o governo federal repassou aos estados R$ 782 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública, destinados à aquisição de equipamentos, investimento em tecnologia e projetos de valorização e capacitação dos profissionais de segurança pública estaduais;

- Que o Ministério da Justiça coordenou a ação nacional de combate à violência contra as mulheres, o que resultou no atendimento de mais de 127 mil mulheres vítimas da violência e na prisão de 14 mil agressores, só em 2021;

- Que o Ministério também coordenou a Operação Narco Brasil, a maior ação de combate às drogas já realizada no país, em parceria com as Polícias Civis e Militares de todas as unidades da federação;

Você leu ou assistiu alguma reportagem sobre isso? Nem eu.

Crescimento maior que o dos países ricos em 2020/21

Essa notícia deveria ser dada acompanhada de um pedido de desculpas dos jornalistas. Durante dois anos seguidos, a condenação à política econômica do ministro Paulo Guedes foi diária e unânime.

Pior ainda: revelando um cinismo impressionante, os mesmos jornalistas que gritavam “Deixa a economia pra depois!” para defender os lockdowns passaram a fazer postagens escandalizadas sobre o aumento do preço da cebola nas gôndolas dos supermercados, aumento que atribuíam à incompetência do governo.

Pois bem, como essa mídia reagiu à informação de que o crescimento agregado da economia brasileira no biênio 2020/2021 foi superior ao da Alemanha, ao da França, ao do Canadá, ao do Japão etc?

Não reagiu. Ignorou. A premissa é: só é verdade aquilo que eu noticio; se eu não noticio, não é verdade.

O jornalismo já foi melhor.

Em um país normal, com uma mídia normal, os dois dados acima seriam noticiados com destaque e até mesmo alívio, depois do período de tanto sofrimento causado pela pandemia de Covid-19 ao povo brasileiro.

Mas parece que, para a grande mídia, o desempenho surpreendente da economia brasileira e a diminuição da taxa de homicídios não têm a menor importância: importante mesmo é o vazamento do áudio machista do deputado bobalhão em viagem à Ucrânia – o crucificado da vez no Coliseu da internet.

Mas não vivemos em um país normal: vivemos em um país no qual os meios de comunicação (como, aliás, a Justiça) “têm lado”. Sem qualquer cerimônia, muitos jornalistas aderiram ao “quanto pior melhor” e abriram mão até mesmo da aparência de imparcialidade: só é notícia aquilo que pode prejudicar o Governo; aquilo que pode beneficiá-lo merece, no máximo, uma nota de rodapé enviesada.

São verdadeiros malabarismos da linguagem. Para a grande mídia, nada pode melhorar neste governo, só pode “despiorar”. E, quando um jornalista é obrigado a dar uma notícia boa, é “infelizmente”.

Para quem acha que estou exagerando, seguem três exemplos da “novilíngua” do ativismo jornalístico que me ocorrem sem precisar puxar pela memória. Mas é possível encontrar quase diariamente exemplos desse tipo de má-fé.

  • “Economia dá sinais de despiora”. A economia brasileira não pode melhorar, só despiorar. A “Folha de S.Paulo” preferiu empregar um verbo bastante esquisito a admitir que a economia melhorou.
  • “Infelizmente, vamos falar de notícia boa” – a criação de 120 mil novos empregos, no caso. A torcida contra o governo é tão explícita que a jornalista sequer percebeu a barbaridade que falou. Infelizmente parta o povo brasileiro, bom mesmo para a mídia seria o aumento do desemprego. E, mais recentemente:
  • “Brasil é o país com maior queda do dólar”. Esta foi mais sutil. Em vez de noticiar a valorização (palavra de viés positivo) da moeda brasileira, o jornalista deu um jeito de embaralhar as palavras para confundir o leitor desavisado: “O Brasil é o país com maior queda...” A redação honesta seria: “Moeda brasileira foi a que mais valorizou em 2022”.

Mas quem está preocupado com honestidade?

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