É o que alguns da mídia e do Partido Democrata sugerem. Trump até poderia, mas não o atropelou. Foi firme nas críticas que sempre fez ao governo, porém, não atacou exclusivamente o estado mental de Biden. A saúde física e mental do atual presidente dos Estados Unidos é sua maior inimiga.
Em diversos momentos ele exibiu o que todos que acessam as redes sociais já sabiam: possui problemas para completar pensamentos, está com olhar vago e aparência senil.
Seus 81 anos, nos dias de hoje, não são a causa, pois há vários nessa faixa etária que ainda possuem clareza, agilidade e energia mental. Ficou claro que há mais por trás da fachada, e por isso Trump sugeriu, sem sucesso, um exame cognitivo e de drogas antes do debate.
Precisa dizer que Trump venceu? Óbvio que não. E certamente não é preciso apontar que Biden e o sistema perderam, apesar de todos os preparativos. Parece ter sido criado um roteiro para padronizar os debates modernos. Invariavelmente, ele inclui:
1. A institucionalização do debate, que é altamente sanitizado, arquitetado, regulamentado e censurado pelos organizadores;
2. A falta de discussão de ideias, promovendo apenas um show de refrões afirmativos de ambos os lados;
3. A falta de lógica nas perguntas, que causa confusão, pois, por mais que se tente visualizar qual é o plano de cada candidato, há sempre uma próxima pergunta não relacionada;
4. A superficialidade. Visando manter público televisivo, o “debate” nada mais é que uma série de gatilhos rasos. O desempenho dos candidatos é julgado somente pela imagem.
Mesmo com todos esses cuidados, Trump saiu vitorioso sem muito esforço. Considerando isso, a discussão de substituição tornou-se real e possível. Por mais que Biden tenha sido escolhido pelas primárias do Partido Democrata, sua nomeação só se torna oficial depois da convenção nacional do partido, que ocorrerá no final de agosto. Cada partido define suas regras de seleção de candidatos e datas para tal efeito, portanto, não há sincronia legal estabelecida para o período de debates. Ou seja, até as eleições, tudo é possível.
Falta de opções: A esquerda norte-americana sofre da mesma fraqueza que a esquerda europeia e brasileira: falta de narrativas e de lideranças. Em todo o mundo as narrativas trabalhistas, sindicalistas, estatistas, identitárias, ambientalistas, progressistas e socialistas estão em crise; sem aderência e esgotadas.
Nesse contexto não se encontram lideranças da esquerda que consigam conquistar a maior parte do eleitorado - que quer ver mudanças na agenda imposta pelo sistema globalista mundial nos últimos anos.
Portanto, caso um substituto de Biden seja escolhido pelo Partido Democrata, ele será candidato proforma, apenas para evitar uma humilhação maior, e tentar salvar a face do partido nas próximas eleições locais.
Risco de fraude eleitoral: Fraudes no sistema eleitoral norte-americano sempre ocorreram. Mas eram notadamente em eleições locais.
A mídia faz questão de destacar esse aspecto, muito porque ela própria denuncia os casos de fraude.
Historicamente, milhares de pessoas foram presas por ilegalidade nessas eleições. As regras são estaduais, e há estados que não pedem documentação na hora da votação. Alguns permitem enviar o voto por correio e outros não têm um processo de contagem seguro. Não por acaso há vários votos de mortos, imigrantes não documentados e duplicidade através de identidades falsas. Há também buracos no processo de recontagem.
Essas realidades suscitam a pergunta “se em eleições locais essas fraudes ocorrem, em eleições nacionais o mesmo não acontece?”. Pois foi exatamente isso que Trump questionou nos últimos anos, e pagou um alto preço de perseguição legal por conta desse questionamento.
Supondo que seja possível orquestrar uma fraude nacional, o sistema seria capaz de ajudar um candidato como Biden nessas condições? Ou ajudaria um substituto de última hora? Acredito que não.
Biden é nitidamente inelegível por suas próprias condições físicas, e iria expor a corrupção do sistema de forma a desacreditar toda a nação
O plano de Trump: Por sua vez, Trump reproduziu praticamente tudo o que já conhecemos nas redes sociais, adotando um tom moderado contra Biden, algo longe do que o público esperava. Nas discussões com Biden, não havia consenso nenhum sobre as informações e os fatos apresentados; eram duas versões tão díspares que poderia caber uma terceira. É o que acontece quando não se parte de um mínimo de razoabilidade: existe a versão X, a versão Y, e a versão verdadeira.
O plano de Trump é mais conhecido - suas posições foram muito claras. Antes de ocupar a presidência, ele já ocupava a mídia mundial, o que facilitou entender seus posicionamentos. Por sua vez, Biden não conseguiu articular sua visão, não apenas por problemas de comunicação, mas por um profundo distanciamento com o público, de qualquer linha ou espectro político que fosse.
Segundo pesquisa Gallup, o cidadão norte-americano se importa com inflação, guerra, saúde, dívida pública, impostos e corrupção, nessa ordem de prioridade. Para cada uma dessas prioridades, Donald Trump tem uma proposta clara e efetiva, e nenhuma delas é pauta principal do Partido Democrata e de Joe Biden.
Independentemente de projetos, os norte-americanos deixaram claro que querem um líder forte, que projete essa força para seu país e para o mundo, e isso Biden demonstrou que não tem capacidade de oferecer.
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