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Médicos unidos contra mudança de sexo em crianças e adolescentes
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Um grupo de 100 médicos e pesquisadores da área de saúde estão formando uma organização para investigar o uso de terapias hormonais e cirurgia de mudança de sexo em crianças e adolescentes. Ainda em fase de registro, a ONG já tem nome: SEGM, Society for Evidence Based Gender Medicine (Sociedade para Medicina de Gênero com Base em Evidências).

A preocupação dos especialistas é com a absoluta falta de dados científicos que embasem o crescimento astronômico de terapias hormonais e até cirurgias de redesignação sexual em crianças e adolescentes. O gráfico, que tem como base os dados da Grã-Bretanha, mostra uma alta inquestionável dos atendimentos desde 2009.

Transcrevo o manifesto que está na abertura do site do grupo:

"Historicamente, os pequenos números de crianças com disforia de gênero eram predominanemente meninos pré-adolescentes. Nos anos recentes, houve um grande aumento no encaminhamento de meninas adolescentes para as clínicas de gênero. Muitas não têm uma história significativa de disforia de gênero na infância e uma parte sofre de outros problemas de saúde mental e condições de neurodesenvolvimento como autismo, hiperatividade e déficit de atenção. As razões para essas mudanças são pouco estudadas e permanecem pouco compreendidas.

Já foi demonstrado que a disforia de gênero iniciada na infância tem uma taxa alta de solução natural, com 61-98% das crianças se identificando novamente com seu sexo biológico durante a puberdade."

Médicos e pesquisadores da área de Saúde estão preocupados com o tratamento no que é chamado de "Modelo Afirmativo de Gênero", tanto pela rapidez quanto pela falta de indicação científica para mudanças de sexo em crianças e adolescentes.

"Até alguns anos, as intervenções médicas para se chegar à aparência do sexo desejado, conhecidas como modelo "afirmativo de gênero", eram reservadas primariamente para adultos com longo histórico de disforia. Mas, na Europa Oriental, América do Norte e Austrália, as intervenções hormonais e cirúrgicas estão cada vez mais se tornando a primeira linha de tratamento para adolescentes e adultos jovens com disforia de gênero, inclusive com aqueles que têm esse quadro há pouco tempo.

No passado, as intervenções médicas eram precedidas de um relacionamento prolongado com o paciente, incluindo atendimento psicológico. Agora houve uma mudança para uma "afirmação" mais automática da visão individual de quem se afirma transgênero. Assim, a provisão de intervenção médica ocorre agora com muito menos atendimento psicológico." - explica a página do SEGM, que traz uma explicação para leigos sobre qual a base científica das terapias hormonais e cirúrgicas para crianças e adolescentes.

O modelo atual de terapia afirmativa de gênero consiste em: hormônios bloqueadores da puberdade, mastectomia ou implante de mamas, remoção de ovários ou testículos, histerectomia, remoção cirúrgica ou plástica nos órgãos sexuais. Isso tem sido feito com base em UM ÚNICO ESTUDO.

A transformação sexual em massa de crianças e adolescentes tem origem em um único estudo holandês envolvendo 55 invidíduos estudados, entre os quais apenas 40 chegaram até o final. Todos tinham disforia de gênero desde a infância, ou seja, nenhum começou a ter na adolescência, como a maioria dos adolescentes e adultos jovens "tratados" hoje em dia com base nesse estudo.

Há algumas críticas dos médicos ao método científico utilizado: não havia grupo de controla, não houve avaliação física dos efeitos do tratamento na saúde, o acompanhamento dos indivíduos durou apenas um ano após a cirurgia.

Um adolescente morreu por complicações pós-operatórias e vários outros começaram a ter problemas de saúde devido aos hormônios. Muitos precisaram buscar atendimento psicológico. Entre as adolescentes a disforia de gênero e a imagem corporal muitas vezes não mudou ou piorou após ingerir hormônios bloqueadores de puberdade.

"Nós propomos que, devido à atual escassez de evidências, a aplicação do modelo para crianças, adolescentes e adultos jovens, não seja justificada fora dos projetos de pesquisa. Pacientes, familiares e clínicos não podem tomar decisões embasadas sobre saúde sem saber os eventuais benefícios e efeitos colaterais dessas várias intervenções", defende a SEGM

"A história da medicina tem muitos exemplos em que a boa intenção na busca de alívio rápido dos sintomas levou a resultados devastadores no longo prazo: por exemplo, o uso da talidomida, lobotomias e a recente epidemia de opióides. O modelo "afirmativo de gênero" compromete jovens a tratamentos médicos por toda a vida com uma atenção mínima à origem de suas condições e os fatores psicossociais que contribuíram para a disforia de gênero. Este modelo elimina a questão sobre se a terapia psicológica ajuda aliviar ou resolver disforia de gênero e impõe intervenções sem análise adequada.

Pedimos aos clínicos e pesquisadores para deter esse experimento descontrolado na juventude e substituí-lo por uma estrutura de apoio de pesquisa que gere evidências úteis sobre a origem da disforia de gênero e os benefícios e malefícios das várias intervenções." - pedem os médicos.

Para os especialistas em saúde que formaram a SEGM, há 3 questões que ainda não foram respondidas e que precisam ser antes de indicar qualquer tipo de tratamento para disforia de gênero:

  1. Que fatores contribuem para o desenvolvimento da disforia de gênero?
  2. Quais são as intervenções mais efetivas em disforia de gênero?
  3. Quais são os efeitos de longo prazo dessas intervenções?

Milhares de cirurgias radicais de mudança de sexo em crianças e adolescentes têm sido feitas no mundo inteiro sem que ninguém saiba essas respostas. Não é à toa que a Organização Não-Governamental já está arrecadando milhares de dólares de cidadãos que a apóiam mesmo que ainda esteja no processo de formalização.

É a primeira vez em que médicos se unem contra a recente onda de cirurgias de mudança de gênero e bloqueio hormonal em crianças e adolescentes. Dessa vez, nomes estrelados da área de saúde resolveram colocar a própria reputação em jogo para deter o processo de experimentação em massa. O Conselho da SEGM é formado por:

William Malone, endocrinologista graduado pela universidade de Stanford com complemento na New York University Medical School. É professor universitário de Endocrinologia e diretor médico de um hospital endócrino.

Julia Mason é uma das principais vozes médicas contra o "boom" da redesignação sexual de crianças e adolescentes. Pediatra filiada à Academia Americana de Pediatria, tem contato direto com pacientes que alegam ter disforia de gênero.

Marcus Evans tem mais de 40 anos de experiência em psicoterapia e foi diretor clínico do serviço de adultos e adolescentes da clícina Tavistock, um dos mais famosos centros de estudos de disforia de gênero no mundo. Também atuou no governo do Reino Unido na área de políticas sobre disforia de gênero.

Trata-se de algo alarmante. Será que, em pleno século XX, estamos submetendo milhares de crianças e adolescentes a um tratamento que obriga a ser dependende de cuidados médicos a vida inteira sem ter nenhuma base que justifique isso? É uma impressão que muitos tinham e que os médicos confirmam. Resta saber se as providências serão tão rápidas quanto deveriam.

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