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Mauro Cezar Pereira
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Análise

Só seis pontos separam líder do 8º. Brasileirão tem quantos reais candidatos à taça?

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Mauro Cezar Pereira
15/11/2020 15:13 - Atualizado: 29/09/2023 16:48
Marrony celebra gol do Galo na virada sobre o Corinthians
Marrony celebra gol do Galo na virada sobre o Corinthians | Foto: Marco Galvão/Estadão Conteúdo

Atlético Mineiro de volta à liderança do Brasileirão após a virada (2 a 1) sobre o Corinthians, em São Paulo. Soma 38 pontos. Internacional, São Paulo e Flamengo vêm em seguida com 36, colorados e rubro-negros com um jogo a mais em relação ao Galo.

O Palmeiras já se aproxima, com 34, ao lado do Santos, enquanto o Grêmio tem 33 e o Fluminense parou em 32. Apenas seis pontos separam o líder do oitavo colocado.

Confira a classificação do Brasileirão 2020

A bagunça no números de partidas disputadas por cada equipe (o São Paulo tem absurdos três jogos a menos que os dois rivais que estão com sua pontuação) torna mais difícil entender o cenário, mas é possível clarear as ideias. O Internacional, por exemplo, encara sua nova (e má) fase, sem o técnico Eduardo Coudet e com Abel Braga de volta em sua sétima passagem pelo clube. E já são duas derrotas em dois jogos por dois certames.

A classificação mostra um bolo confuso provocado pelo equilíbrio no perde-e-ganha de uma temporada ainda mais tumultuada do que o padrão nacional. Mas também em função da troca de treinadores no Flamengo, que tem o melhor elenco e era o favorito. Era. Sem Jorge Jesus e com a curta, além de cheia dos altos e baixos, passagem de Domènec Torrent pelo atual campeão, os demais conseguiram abrir essa briga franca para erguer a taça.

Mas quais desses oito times realmente lutará pelo título. Com pouco menos de um turno inteiro pela frente, sabe-se que muito ainda vai acontecer. Atlético, Flamengo, São Paulo e Palmeiras parecem os principais candidatos, apesar do começo difícil de Rogério Ceni no clube carioca. O Grêmio, pela opção habitual pelo mata-mata, gera maior incerteza, como o Inter, pela saída de Coudet e seus efeitos instantâneos e já bem visíveis.

Santos e Fluminense parecem ter fôlego para brigar pela vaga na Libertadores, enquanto o São Paulo apresenta vantagem teórica pela possibilidade de ficar quatro pontos à frente do atual líder se vencer todos os seus jogos em atraso. O problema tricolor é o elenco, não tão extenso, além da disputa paralela da Copa do Brasil. O time venceu os três últimos jogos sem atuar bem. Nisso, mais consistente parece o Palmeiras. A ver.

Carlos Eduardo e Kayzer dão esperanças

Kayzer celebra, com Carlos Eduardo ao fundo: Furacão emplacou segunda vitória seguida. Foto: Heber Gomes/Estadão Conteúdo
Kayzer celebra, com Carlos Eduardo ao fundo: Furacão emplacou segunda vitória seguida. Foto: Heber Gomes/Estadão Conteúdo

Quando Flávio Rodrigues de Souza apitou o final de Goiás 0 x 1 Athletico, o Furacão deixava a zona de rebaixamento ao obter a segunda vitória seguida. Renato Kayzer, de volta a Goiânia, onde defendia o Atlético local até as primeiras rodadas do Brasileirão, fez o gol da vitória, repetindo o feito do triunfo anterior, na virada sobre o Fortaleza, em Curitiba.

O Athletico finalizou mais, 16 vezes, metade no alvo, segundo as estatísticas do SofaScore, contra um arremate certo do time esmeraldino. Como as duas equipes estavam entre as quatro últimas colocadas, era um duelo direto entre times que lutam para se afastar da zona da degola para a segunda divisão, o que amplia o valor do resultado para os rubro-negros.

Com boa atuação e assistência de Carlos Eduardo, que empatara a peleja na rodada passada, abrindo caminho para o reencontro com a vitória, a dupla eleva as esperanças do Athletico. Inclusive de que possam ser, mais adiante, dois novos jogadores daqueles que chegam ao Caju sem muito alarde, sem grande valorização, mas que voltam a se destacar, ou a brilhar como nunca. Uma história que o torcedor atleticano bem conhece.

Gol de Cano e guerrilha política no Vasco

Cano voltou a marcar e encerrou longo jejum. Foto: Rafael Ribeiro/Vasco da Gama
Cano voltou a marcar e encerrou longo jejum. Foto: Rafael Ribeiro/Vasco da Gama

Germán Cano não marcava um gol há 807 minutos (cerca de 13 horas e meia) quando abriu o placar para o Vasco diante do Sport em sua primeira finalização. Ele marcaria mais um no segundo tempo, assegurando os 2 a 0. Eram nove rodadas seguidas sem vitória do time carioca, que deixou a zona do rebaixamento com o triunfo no Recife. Primeiro vitória do técnico português Ricardo Sá Pinto no Brasileirão.

Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, era realizada a segunda eleição para presidente do Vasco em um intervalo de sete dias. Pleito marcado para dia 7, adiado para 14 de novembro, de volta à data inicial na véspera, impugnado na justiça, com urnas lacradas, reabertas votos contados em seguida após um apagão em São Januário e uma série de ações na justiça, algo de fazer inveja à complexa eleição norte-americana.

Muito mais difícil do que os vascaínos voltarem a vencer e o argentino fazer as pases com o gol é o clube encontrar o mínimo de paz na política. Os embates frequentes das diversas alas que se enfrentam continuamente superam todos os limites do razoável há tempos. Se na eleição passada houve o imbróglio da famigerada urna 7, que parou nos tribunais, desta vez o cenário parece ainda pior. E não há mais a presença de Eurico Miranda.

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