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MP de Bolsonaro que altera direitos de TV do futebol não deve passar no Congresso

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Mauro Cezar Pereira
21/06/2020 17:25 - Atualizado: 29/09/2023 16:48
MP de Bolsonaro que altera direitos de TV do futebol não deve passar no Congresso
| Foto: Divulgação

Articulada pelo Flamengo, celebrada pelo presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, e pelo do Athletico, Mário Celso Petraglia, a Medida Provisória 984/2020 dificilmente irá passar pelo congresso. Essa é a expectativa inicial nos bastidores em Brasília.

Como MP que é, ela vale por 60 dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período, ou seja, valerá por até 120 dias, prazo no qual deverá ser votada. Ela surgiu em canetada de Jair Bolsonaro após contatos com o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, sem debates.

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A falta de discussões prévias já faz com que diferentes movimentos tenham início. Os gaúchos Grêmio e Internacional não gostaram da atitude do dirigente flamenguista, já que os clubes, maiores interessados, não discutiram o tema, como seria obviamente necessário.

Em meio a tudo isso, uma empolgação exagerada surge em alguns setores. A maior parte do dinheiro oriundo das transmissões de futebol no país ainda vem da televisão, seja ela aberta, fechada ou pelo pay-per-view. Outros caminhos ainda engatinham por aqui.

O discurso do presidente do Athletico, que vislumbra o surgimento de diferentes players tem a marca de um otimismo saudável até, mas que parece distante da realidade. Se na Europa o streaming ainda dá passos iniciais e a TV ainda é carro-chefe, porque aqui seria diferente?

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O dono do mando de campo ter 100% dos direitos sobre os jogos que faz em seus domínios é o adequado. Nos centros mais desenvolvidos funciona assim. Mas a MP não cria nada de novo quanto às negociações, que há anos são feitas individualmente, isso sempre foi possível.

E é justamente aí que reside o problema. Os clubes brasileiros não se unem, não negociam em bloco com os interessados em transmitir futebol, pensam, geralmente, apenas no imediato, em receber algum dinheiro para resolver problemas urgentes.

Essa falta de planejamento, de visão global, de estratégia, de coesão, sabota as próprias agremiações. "O (Rodolfo) "Landim entende que o caminho tem de ser de pensar nos outros", disse Petraglia à Gazeta do Povo. Aguardemos que o presidente do Flamengo demonstre isso.

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