Neymar amplia rejeição ao contar com pai e “parças” sempre ao redor
Em meio à acusação de estupro sofrida por Neymar e seu corte da seleção brasileira por lesão, fiz duas enquetes em minha conta no Twitter – @maurocezar. A ideia era ter uma noção da rejeição ou aceitação do jogador nos times das pessoas, apesar de todo o noticiário negativo para o camisa 10 do Paris Saint Germain.
Primeiro perguntei: “Se Neymar decidisse jogar no futebol brasileiro, você gostaria de tê-lo em seu time? Lembrando que a contratação do jogador significa a chegada de um “pacote”, com o pai que entra no vestiário e frequenta a concentração, “parças” a cercar o jogador, etc”. Incrivelmente 41% responderam não!
Um resultado que impressiona, já que os votantes são, obviamente, pessoas que gostam de futebol a ponto de seguirem um jornalista que trabalha com o esporte em rede social. Elas têm seus clubes de coração e, em tese, sabem o quão mais fortes eles ficariam com um reforço de tal nível. Claro que esse tipo de enquete não tem base científica, mas não é desprezível o fato de que algo entre um terço e a metade dos votantes rejeitou a ideia de ter um dos melhores atacantes do mundo.
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Em seguida fiz outra enquete no Twitter, mudando um pouco a pergunta, ou seja, alterando o contexto da hipotética contratação: “Se Neymar decidisse jogar no futebol brasileiro, você gostaria de tê-lo em seu time? Detalhe: ele tomaria tal decisão após se livrar do atual “pacote” que o acompanha, com o pai que entra no vestiário e frequenta a concentração, “parças” a cercar o jogador, etc.”
O resultado mudou bastante, com 28% votando no não e a massacrante maioria desejando ter Neymar em seu clube, 72%. A diferença entre contar com o jogador com o “pacote” pai e parças e tê-lo no time sem esses personagens a acompanha-lo foi de 13 pontos percentuais. Fica claro que não são poucos os que torcem seus narizes para essa entourage que o acompanha e, aparentemente, estimula uma postura individualista, como se o universo girasse ao redor do craque.
Neymar desgasta sua imagem com ações polêmicas dentro e fora do campo de futebol. Em menos de um ano foi de esperança de homem decisivo na Copa do Mundo a meme ridicularizado em todo o planeta, passando por agressão a torcedor após perder a Copa da França pelo PSG até a acusação de estupro.
E quanto a esse episódio, que fique claro, não estou acusando ou inocentando ninguém, caberá à Justiça, após as investigações, dar um veredito. Pois só ele e ela sabem realmente a verdade sobre tudo o que se passou em Paris. Há uma enorme distância entre ter um emitir opiniões irresponsáveis e tratar o tema com o cuidado que exige, até pela forma como certamente afeta as vidas de muitas pessoas.
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De qualquer forma, um jogador como Neymar, pelo futebol que possui e óbvia capacidade de transformar um time, deveria ser desejado por praticamente 100% dos torcedores de clubes brasileiros. Mas a quantidade de pessoas que participaram da enquete dizendo “não” é grande. Fica claro que seu comportamento gera tal rejeição, ampliada pela “equipe” que o cerca.
Neymar agora tem duas prioridades, ou deveria ter: encarar o imbróglio que envolve a acusação contra ele e se recuperar da contusão que o tirou da Copa América. Mas o ideal mesmo seria a contratação do melhor profissional em gestão de carreira existente no mercado, se livrar dos personagens que o cercam, mandando pai e "parças" para o Brasil, e assumir a própria vida profissional. Mudar postura e imagem. Aos 27 anos, esse homem que alguns insistem em chamar de “menino” já desperdiçou tempo e talento demais.
TABELA: Copa do Mundo Feminina
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Oito derrotas e dois empates. É o retrospecto do Athletico jogando fora da Arena da Baixada. Sábado foi a vez de cair diante do líder da Série A, o Palmeiras, em São Paulo. Caso não derrote o Goiás na quinta-feira, o Furacão completará pelo menos quatro meses de jejum fora de casa, pois a partida seguinte como visitante será apenas em 20 de julho, contra o CSA, depois da Copa América. Desde 17 de março, quando goleou o Maringá por 4 a 0 no Campeonato Paranaense, o time não triunfa atuando longe do seu gramado sintético. Como o time do Estadual era o B, a equipe principal segue sem vencer em 2019. E nas 19 pelejas fora no Brasileiro de 2018 venceu apenas duas.
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Quase 38 mil torcedores no Couto Pereira e uma bela festa no clássico Coritiba 2 x 3 Paraná, que encerrou jejum de seis anos sem vitória sobre o rival em seus domínios. Se os tricolores subiram na tabela e passaram a andar mais confiantes, o Coxa segue dependendo de Rodrigão, até então autor de todos os gols do time na Série B. Fez mais um, mas Juan Alano quebrou o monopólio de tentos pelo alviverde, que era do centroavante. Mas o melhor do clássico foi o estádio cheio e a festa do futebol. Quando o torcedor pode pagar pelo ingresso, ele costuma responder.
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O amistoso Brasil 7 x 0 Honduras, com o time centro-americano atuando por mais de uma hora com 10 homens devido à expulsão de Quito aos 28 minutos de partida, foi uma espécie de treino com venda de ingressos de uma seleção da CBF que ignora o povo. A ganância chega ao ponto de colocarem o preço médio perto dos R$ 73. Com isso, o público no Beira-Rio não passou de 16.521, com renda de R$1.202.890. O clássico curitibano pela segunda divisão atraiu mais do que o dobro de torcedores, a preços que respeitam o bolso do cidadão.
