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Mauro Cezar Pereira
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Opinião

Novo coronavírus, pandemia, quarentena, sócio-torcedor e o “dízimo” rubro-negro

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Mauro Cezar Pereira
27/04/2020 22:20 - Atualizado: 29/09/2023 16:49
Presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia.
Presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia. | Foto: Albari Rosa/Arquivo Gazeta do Povo

"Se o Furacão não for apoiado, ajudado neste momento, vai quebrar! Teremos longos anos pela frente para nos recuperar", escreveu o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia. Ele dava uma resposta a torcedor sobre a possibilidade de redução do valor da mensalidade dos associados em meio à pandemia do novo coronavírus.

Quando conquistou a Copa do Brasil do ano passado, o Furacão faturou R$ 64,35 milhões em prêmios pela vitoriosa participação no certame da CBF. Teve ainda mais R$ 16 milhões pela na Libertadores, R$ 3,5 milhões da J.League YBC Levain Cup/Conmebol, ex-Suruga Cup, e R$ 3 milhões pelo vice da Recopa Sul-americana.

Festa da torcida do Athletico após a conquista da Copa do Brasil.
Festa da torcida do Athletico após a conquista da Copa do Brasil.

Essas competições de 2019 jogaram R$ 86,850 milhões nos cofres rubro-negros, além da maior fatia (R$ 61,250 milhões) dos R$ 87,5 milhões que o Atlético de Madrid desembolsou por Renan Lodi. Pablo foi negociado com o São Paulo por 7 milhões de euros e Bruno Guimarães vendido ao Lyon, que por 80% dos direitos econômicos pagou 25 milhões de euros.

Renan Lodi, ex-lateral do Furacão.
Renan Lodi, ex-lateral do Furacão.

Se apesar disso tudo o Athletico corre o risco de "quebrar", imagine a situação dos demais. O sócio-torcedor paga de R$ 90 a R$ 150. E esse vínculo proporciona a ele, basicamente, o acesso a ingressos, preços menores, vantagens restritas ao futebol, pois não existe clube social. Na pandemia, essa mensalidade se transforma em algo como um dízimo.

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Os balanços dos clubes brasileiros estão saindo, retratando a realidade econômica ao final de 2019. De lá pra cá muita coisa aconteceu, para a pior, por conta da pandemia do novo coronavírus. Com a bola parada e sem receitas, todos sofrem. Evidentemente mais difícil ainda será para aqueles que já iniciaram 2020 encalacrados.

Os demonstrativos financeiros de 2019 sequer saíram e já se pensa lá na frente. O passado econômico da maioria dos clubes do futebol brasileiro é assustador, o presente mais do que preocupante e o futuro aterrorizador. Se você não tem o hábito de acessar, ler, tentar entender esses balanços, vale a pena começar a olhar para eles. Pelo menos já irá se preparando para o pior.

>> "Brasil x Argentina, 1990: contra volantes e zagueiros, a vitória da paciência e da fé em Maradona"

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