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Mauro Cezar Pereira
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Seleção brasileira contra “sparring”, o prejuízo do São Paulo com Diego Souza e a volta de Muralha, no Coritiba

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Mauro Cezar Pereira
10/03/2019 23:27 - Atualizado: 29/09/2023 16:50
Seleção brasileira contra “sparring”, o prejuízo do São Paulo com Diego Souza e a volta de Muralha, no Coritiba

Federação de Futebol da República Tcheca usa imagem de Roberto Firmino, do Liverpool, na promoção do amistoso que será disputado em Praga, quatro dias após a partida dos tchecos na Inglaterra

Os amistosos da seleção brasileira seguem muito questionáveis. Dia 23 será, contra o fraquíssimo Panamá, e em 26 de março diante da República Tcheca, cotejo que passará longe de ser a prioridade da semana dos europeus. Difícil entender até que ponto tais partidas representarão desafio técnico aos comandados de Tite e realmente acrescentarão algo no desenvolvimento do time. Em junho o Brasil disputará a Copa América em território nacional, com pressão por conquista após a participação insatisfatória no Mundial da Rússia, ano passado.

Quatro dias antes de encarar os brasileiros, os tchecos começarão sua aventura nas eliminatórias para a Eurocopa 2020 — esteve na mais recente edição, na França, em 2016, mas não passou da primeira fase. Será fora de casa, contra o time mais forte do grupo, a Inglaterra. Bulgária, Montenegro e Kosovo completam o grupo A. Como são cinco seleções, sempre sobrará uma a cada rodada, por isso a folga no calendário da equipe dirigida por Jaroslav Šilhavý para enfrentar os brasileiros na Eden Arena, em Praga. Mas o jogo que vale será outro, em Londres.

O grupo da República Tcheca nas eliminatórias europeias

Ex-auxiliar da seleção, o treinador tcheco assumiu em 2018 com a missão de comandar a equipe na Nations League. Não foi de todo mal na competição entre europeus, perdendo duas vezes para a Ucrânia, mas derrotando a Eslováquia em casa e fora. Com isso ficou em segundo lugar e não sofreu rebaixamento no novo certame do Velho Mundo. Os jogos serviram como preparação para as eliminatórias, prioritárias. Desde o fim da nação que formava com os eslovacos, a Tchecoslováquia, em 1992, a República Tcheca só esteve na Copa do Mundo uma vez, em 2006.

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Dia 23 os brasileiros estarão em campo contra o Panamá, na cidade portuguesa do Porto. O adversário do time dirigido por Tite não vence há 11 meses, desde o 1 a 0 sobre Trinidad e Tobago, em abril de 2018. Depois disso foram 11 jogos, nove derrotas e dois empates, ante Irlanda do Norte e Coreia do Sul. Pífio retrospecto. Na Copa do Mundo da Rússia, perdeu suas três partidas, levando 11 gols e marcando dois. Só os ingleses meteram 6 a 1 no selecionado centro-americano. O fato mais comemorado foi a marcação de um gol, mesmo levando meia dúzia, na ocasião.

Observações individuais são possíveis, mesmo diante de oponentes pouco desafiadores, ou mais preocupados com outros compromissos. Mas para que os defeitos da equipe apareçam, e possam, assim, ser identificados e corrigidos, é preciso alguém do outro lado do campo que os faça realçar. Difícil imaginar os panamenhos criando grande desconforto para a defesa brasileira, por exemplo. Quanto aos tchecos, vai depender de como sairão do duelo contra a Inglaterra. Amistosos que podem ser pouco úteis, mas é o que Tite tem para as datas Fifa de março.

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Diego Souza recebido com festa pela torcida do Botafogo: atacante chegou sem custo ao time carioca 14 meses depois de contratado pelo São Paulo por R$ 10 milhões

O jornal “O Estado de S. Paulo” mostrou que Diego Souza foi um problema milionário. Custou aproximadamente R$ 1 milhão por gol marcado com a camisa do São Paulo. Cedido ao Botafogo, sem custo para o time carioca, o atacante foi contratado em janeiro de 2018 por R$ 10 milhões. Aos 32 anos, depois de temporada fraca no Sport, uma negociação desde sempre questionável, com atleta em baixa saindo a preço de jogador em alta. E que agora se transforma em prejuízo econômico para o clube paulista.

Diego voltou ao futebol carioca após 61 jogos e 17 gols com a camisa tricolor,  ao custo de R$ 17,8 milhões, segundo o jornal. A explicação para a dispensa do atleta? Redução da folha salarial. Contraditório, um clube que investe tanto em determinado jogador e depois o dispensa, ficando com a conta. Isso depois de colocar mais de € 7 milhões na contratação de Pablo, do Athletico, a grande investida do clube paulista no começo da temporada, que iniciara repleta se esperanças com tamanha demonstração de força no mercado.

A eliminação precoce da Copa Libertadores, para o argentino Talleres, explica o corte de custos, mas nada justifica a passagem de Diego Souza pelo São Paulo em tais condições. Mais bizarro ainda é perceber que ele vai embora para diminuir despesas futuras como se não as deixasse para trás. Isso porque o clube tem como diretor de futebol Raí, que fez cursos e se preparou para a função. Fica evidente que a má gestão financeira é característica comum entre os clubes brasileiros, mesmo quanto têm ex-jogadores, grandes ídolos à frente.


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O goleiro Alex Muralha no Couto Pereira: recomeço de carreira depois de fase difícil no Flamengo

A aposta não é alta, pelo menos na parte financeira, com o Flamengo pagando 80% do salário de Alex Muralha, que ficará por empréstimo no Coritiba até o fim do ano. O polêmico goleiro não joga desde quando defendeu o Albirex Niigata, na segunda divisão do Japão, em 2018. Os muitos erros cometidos no clube carioca fizeram o arqueiro, que até convocado por Tite foi, recuar muitas casas em sua carreira que tinha meteórica ascensão depois de boa temporada no Figueirense, em 2015.

No Coxa, ele tentará retomá-la, recomeçar. Não muito diferente da situação do clube, que disputará a Série B pela segunda temporada consecutiva, algo que obviamente não estava nos planos, depois de não conseguir o acesso ano passado, mesmo com um dos maiores orçamentos do campeonato. A queda drástica na receita de TV limita ainda mais a atuação alviverde no mercado em busca de reforços. Muralha não quer ser somente Alex, mas terá que fazer por merecer a alcunha.

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Muralha tira peso das costas e faz estreia sem sustos no Coritiba

Para isso, deverá evitar exageros com a bola nos pés, melhorar na saída de gol e aprimorar a concentração. Erros por ele cometidos sempre terão maior repercussão depois de tanto falhar no Flamengo. Em contrapartida, se for realmente bem, o goleiro chamará a atenção e será apontado como alguém que deu a volta por cima. Coritiba e Alex Muralha podem se ajudar mutuamente. Estamos ainda no começo da temporada, jogos para isso não faltarão. Resta a ele justificar o apelido.

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