colunas e Blogs
Mauro Cezar Pereira
Mauro Cezar Pereira

Mauro Cezar Pereira

Análise

Traiçoeiro, futebol elimina o melhor time do mundo. Neymar sobrevive, e chora

Por
Mauro Cezar Pereira
12/03/2020 13:33 - Atualizado: 29/09/2023 16:49
Traiçoeiro, futebol elimina o melhor time do mundo. Neymar sobrevive, e chora
| Foto: AFP PHOTO / GETTY / UEFA

Apesar da queda de rendimento em jogos recentes, a ponto de perder a invencibilidade na Premier League, que conquistará pela primeira vez, o Liverpool é o melhor time do mundo. Em casa, contra o Atlético de Madrid, pela Uefa Champions League, precisava vencer por dois gols, e é quase inacreditável que não tenha conseguido.

Foram 71% de posse de bola, 34 finalizações (23 de dentro da área) a 10, 11 no alvo diante de seis da equipe espanhola, 16 escanteios a três, 852 passes a 363, além de 22 dribles em 32 tentados, segundo as estatísticas do SofaScore. Uma autêntica avalanche vermelha sobre o oponente, que vencera a peleja de ida, na Espanha, por 1 a 0.

AFP
AFP

Como o Liverpool devolveu o placar nos 90 minutos, os times foram para a prorrogação de meia hora. Nos 15 primeiros minutos, o time inglês finalizou seis vezes e fez o gol que poderia ser o da classificação, com Roberto Firmino. Mas Llorente fez os dois arremates do Atlético naquele quarto de hora do tempo extra. Marcou duas vezes.

Todas as colunas do Mauro Cezar na Gazeta; acesse!

O volume de jogo, as chances criadas, a maneira como encurralou o adversário, o esforço até o último instante para chegar ao placar de que precisava fizeram do Liverpool merecedor da classificação. Mas as defesas do goleiro Oblak e as falhas do arqueiro espanhol Adrian do lado inglês foram determinantes.

O triunfo do Atlético de Diego Simeone por 3 a 2 após 120 minutos de futebol soou como um castigo. E foi. O time de Jürgen Klopp jogou mais bola e sofreu, de quebra, com o bizarro regulamento que valoriza o gol fora de casa na prorrogação. Um castigo para quem fez campanha superior.

Mas o futebol é assim, sem lógica, traiçoeiro, surpreendente. Também por isso gostamos tanto.

Neymar fez aquilo para o que foi contratado

No outro jogo da quarta-feira pela Liga dos Campeões, o Paris Saint-Germain jogou sem público, devido ao Coronavírus. Precisava vencer. Venceu. E Neymar, controverso ao extremo em sua passagem pelo time francês, fez aquilo para o que foi contratado por €222 milhões. O craque brasileiro fez o primeiro gol, de cabeça, algo raro, festejou intensamente e comemorou a classificação com lágrimas.

Uma eliminação nesta fase seria desastrosa para o PSG e também recolocaria Neymar no olho do furacão, o alvo número um para críticas. E elas seriam pertinentes, tal o investimento feito para que o clube ganhe, finalmente, o título europeu. Tudo o que for feito nas competições dentro da França pouco, ou nada, valeria em caso de uma desclassificação agora, tão cedo, ante o Borussia Dortmund.

Mas esse foi apenas um duelo. O time está entre os oito melhores e precisa superar mais duas etapas, quatro jogos, para alcançar a inédita e sonhada final.

Veja também:
São Paulo corre contra o tempo para ter Zubeldía na Libertadores
São Paulo corre contra o tempo para ter Zubeldía na Libertadores
Paraná Clube deve estrear na Divisão de Acesso na Ligga Arena
Paraná Clube deve estrear na Divisão de Acesso na Ligga Arena
Cuca pretende melhorar o Athletico e tem um calendário pesado pela frente
Cuca pretende melhorar o Athletico e tem um calendário pesado pela frente
Coritiba aposta em força como mandante para conquistar acesso na Série B
Coritiba aposta em força como mandante para conquistar acesso na Série B
participe da conversa
compartilhe
Encontrou algo errado na matéria?
Avise-nos
+ Notícias sobre Mauro Cezar Pereira
Athletico pagou caro por não ter estratégias. E foi goleado pelo Galo nas finais
Análise

Athletico pagou caro por não ter estratégias. E foi goleado pelo Galo nas finais

Muricy, o áudio vazado e a defesa da gestão inconsequente do Corinthians
Análise

Muricy, o áudio vazado e a defesa da gestão inconsequente do Corinthians

Alemanha e Inglaterra sofrem com os antivacina e o vírus volta forte ao futebol
Análise

Alemanha e Inglaterra sofrem com os antivacina e o vírus volta forte ao futebol