A tarde em que Paquito depenou o Galo

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Coritiba e Atlético-MG duelam neste domingo (30), às 19h30, embate vital para as pretensões paranaenses. Ao apito final no Independência e o Coxa pode se ver livre, finalmente, da danação da Segundona. Para o Galo, ao contrário, o compromisso é apenas pretexto para celebrar ao lado de seu torcedor o cardíaco título sobre o rival Cruzeiro na Copa do Brasil.

Cenário bem diferente do encontro que relembro desta feita. Era 1971 e se desenrolava a primeira edição do Campeonato Brasileiro.E num domingo, dia 3 de outubro, coritibanos e atleticanos tinham encontro marcado pela primeira fase, no Belfort Duarte, o ancestral do Couto Pereira.

O Alviverde era aquela máquina que papou títulos estaduais nos anos 70 com a desenvoltura de Tony Manero em “Embalos de Sábado à Noite”, fita que seria lançada em 1977 e marcaria a década. O Alvinegro, por sua vez, terminaria a temporada campeão nacional — e nem poderiam imaginar que seria a primeira e última conquista da competição.

Ao término do confronto, vitória coxa-branca por 1 a 0, gol de Paquito, aquele da dupla caipira com Tião Abatiá (não se fazem mais nomes de jogadores como antigamente).

Abaixo, fotos do arquivo do GRPCOM, a maioria jamais vistas anteriormente.

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Dario, ou Dadá Maravilha, e Tião Abatiá: goleadores e galãs.

Jogo importante requer participação da banda marcial do Corpo de Bombeiros do Meu Paranã.

Paquito sobe para disputar bola com o goleiro Renato.

Escapada pelo flanco direito da representação forasteira. Pescuma combate e Cláudio Marques observa.

Bandeiras TREMULEJAM no gigante de concreto armado. Hoje não pode nada.

A zaga do Galo rechaça e Paquito se assusta.

A bola ganha vida própria e ninguém é capaz de domá-la.

Sassarico na defensiva alviverde. Repare, ao fundo, a construção dos anéis do estádio.

Segundo da esquerda para a direita, ele mesmo, Telê Santana. Primeiro da esquerda para direita, alguém parecido com o Telê Santana, só que mais magro.

A grande foto na minha opinião. Um quadro. O Belford Duarte apinhado. Dario e Pescuma travando a versão futebolística da GUERRA NAS ESTRELAS.

Arremate BAILARINO do perigosíssimo Negreiros.

É GOL DO COXA!!! Refestelado na cancha Hidalgo sorri, enquanto o anotador do score, Paquito, é assediado pelos colegas.

Tião Abatiá desce o túnel, missão cumprida, para se assear no vestiário. Ao fundo, brilha o sol da vitória. Ao lado, os valorosos, mas com forma física questionável, oficiais da Polícia Militar.

FICHA TÉCNICA

Coritiba 1×0 Atlético-MG – 3/10/1971

Coritiba

Célio; Hermes, Pescuma, Claudio e Nilo; Negreiros, Hidalgo e Rinaldo; Leocádio, Tião Abatiá e Paquito. Técnico: Tim.

Atlético-MG

Renato; Vantuir, OIdair, Humberto Monteiro e Grapette; Humberto Ramos (Ângelo) e Vanderlei; Dario, Ronaldo, Romeu e Spencer (Salvador). Técnico: Telê Santana.

Estádio: Belford Duarte. Árbitro: Agomar Martins. Gol: Paquito, aos 20/2º.

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