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Metaverso e a evolução das tecnologias sociais

João Kepler

João Kepler é empreendedor que investe desde 2008. Premiado como melhor Investidor Anjo do Brasil pelo Startup Awards. É diretor na FIESP e na ASSESPRO; conselheiro na ACE, ANPROTEC e ACSP; apresentador do Reality Show [O ANJO Investidor]. Autor de vários livros e conselheiro da Gazeta do Povo.

Meta

Metaverso: um novo capítulo do Facebook e a evolução das tecnologias sociais

11/11/2021 20:15
O Facebook, que foi criado em 2004, resolveu anunciar nas últimas semanas algumas mudanças que vão impactar e muito o futuro da empresa. A começar pelo nome, de Facebook para Meta. E talvez mais importante até do que repaginar a comunicação visual e trocar o logo, o objetivo estratégico da Meta será dar vida ao metaverso e ajudar as pessoas a se conectarem, encontrar comunidades e desenvolver negócios.
Aliás, essa é a palavra do momento desde que o Zuckerberg anunciou que o Facebook não será mais uma rede social, mas uma empresa de metaverso. Mas afinal, o que significa ser uma empresa de metaverso?
Para começar a explicar, é preciso abrir um pouco a mente, afinal, o metaverso é fundamentado na realidade virtual que provavelmente (pelo que tudo indica) será o futuro da internet.
Bom, mas sem muitas previsões futurísticas ou definições difíceis, na prática hoje o metaverso nada mais é do que uma vida “paralela” real, mas vivida no mundo virtual. Não é difícil imaginar como isso se dá, afinal, interagimos o tempo todo nas redes sociais, utilizamos a realidade aumentada, games online e criptomoedas, tudo que nos permite agir e interagir virtualmente. Este é o universo paralelo do metaverso.
A grande sacada aqui é entender que, em vez de apenas ver o conteúdo, você está dentro dele. Para que não reste dúvida, um exemplo prático para ilustrar são os jogos interativos ou de construção de mundos, como Second Life, Fortnite, Minecraft e Roblox – todos têm elementos do metaverso. Neles, os usuários podem trabalhar e colaborar, participar de eventos e trocar dinheiro real por mercadorias e serviços virtuais.
O metaverso ainda está na sua infância, mas a Bloomberg Intelligence, o braço de pesquisas do conglomerado Bloomberg, calculou, em julho, que ele poderá ser um mercado de US$ 800 bilhões já em 2024.
Certamente que a evolução deste formato somado à rapidez com que as novas tecnologias são incorporadas pela sociedade contemporânea ajudam a embasar essas projeções. O metaverso parecerá um híbrido das experiências sociais online de hoje, às vezes expandido em três dimensões ou projetado no mundo físico. Isso permitirá que você compartilhe experiências imersivas com outras pessoas, mesmo quando vocês não podem estar juntos e fazer coisas juntos que você não poderia fazer no mundo físico.
Não é difícil imaginar que se trata, portanto, da próxima evolução em uma longa linha de tecnologias sociais que tem início com um novo capítulo na história do Facebook. Zuckerberg saiu na frente (de novo) em relação às redes sociais, o futuro já chegou.

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