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Se jogue do penhasco, mas use paraquedas
| Foto: Guilherme Stacanella/Unsplash

Este título faz sentido agora mais do que nunca. Em meio a tantas incertezas e ao processo de readaptação mundial que estamos vivendo em função do coronavírus, é fundamental que se conheça as ferramentas disponíveis para enfrentar a crise.

Ainda hoje, muitas pessoas relacionam o ato de empreender como sendo uma atitude pautada pelo risco total. É claro que não precisa e nem deve ser assim.

Fazendo uma analogia, não é preciso se jogar de um penhasco se você optar por empreender. Se essa for sua decisão, que o faça com equipamentos e ferramentas certas. Se jogar sem um “paraquedas” realmente seria um enorme erro, e sem as devidas precauções e conhecimento, seria um “suicídio” premeditado - mesmo que de forma inconsciente.

Às vezes, na ânsia de vencer, mudar de vida e até mesmo de colocar em prática suas ideias e viver um propósito, as pessoas acabam esquecendo que não precisam largar tudo para empreender. É possível ir migrando, experimentando, crescendo.

Existem, basicamente, três tipos de empreendedores que são definidos em detrimento das situações e contextos em que vivem e a forma como se comportam diante disso. São eles: O Intraempreendedor, o Empreendedor por Necessidade e o Empreendedor por Oportunidade.

O Intraempreendedor é aquele que entende o seu momento atual e que está ligado a uma organização (empresa, negócio) e ainda assim decide empreender internamente sugerindo melhorias nos processos ou produtos. Ou seja: ele enxerga oportunidades de fazer a diferença no ambiente em que se encontra.

Por necessidade, como o próprio nome já sugere, são os empreendedores que abrem seu próprio negócio porque, na sua visão, naquele momento, não existem outras opções de trabalho. Principalmente no momento em que estamos vivendo, acredito que que surgirão inúmeros empreendedores que se encaixam nesta situação. Geralmente estão desempregados e, para conseguir o seu sustento e sustento de sua família, aventuram-se em abrir um negócio próprio, na maioria das vezes sem nenhum planejamento, estratégia e muito menos conhecimento em relação ao que estão fazendo.

É claro que esta situação é a mais delicada, mas ainda assim, é possível se estruturar mesmo que minimamente para viver essa experiência de forma positiva e não traumática.

Já os que empreendem por oportunidade, estão, no geral, em outra situação de vida mais favorável que os permite investir em oportunidades que se apresentam. Uma oportunidade pode ser encarada como um acontecimento oportuno capaz de melhorar o estado atual de um indivíduo, uma situação nova que traga benefícios e assim por diante.

O fato é que cada pessoa tem um estímulo diferente para empreender e a grande diferença está no impulso, na motivação para dar o primeiro passo. Mas, independente do grupo que você esteja, uma coisa é certa: para vencer é preciso se arriscar, mas não precisa se jogar de um penhasco para empreender. Se for fazer isso, ao menos coloque um paraquedas! 

A verdade é que sua vida vai mudando na proporção da sua coragem e atitudes. Mas não se esqueça que empreender é como uma montanha-russa bem radical:, se embarcou, enjoy the ride! É no final das contas, uma missão sem fim, sem saber exatamente o que vai encontrar pela frente. Se não entendeu, não é para entender mesmo! Nem toda missão vem com um manual e/ou guia.

Entretanto é preciso, antes de tudo, ter consciência de que você está embarcando nesta viagem e tentar, na medida do possível, se preparar para ela. E o melhor paraquedas neste sentido é o conhecimento, independente do momento em que estejamos.

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