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Japonês não come só sushi e yakisoba
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Espetinho de shiitaki, Kakkyo em conserva e saquê. Ótima combinação no balcão do Izakaya Hyotan. (Foto/ Anacreon de Téos)

O cartaz de alerta do lado da porta: somos um boteco. (Foto/ Anacreon de Téos)

A discreta fachada que nem número tem. (Foto/ Anacreon de Téos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O cartaz lá fora já avisa: não temos sushi/yakisoba. E completa: não somos um restaurante, servimos apenas aperitivos. O Izakaya Hyotan é, sim, um autêntico boteco japonês, exatamente como eles têm por lá – foi o que me explicaram. Bem escondido, apenas uma portinha, até mesmo sem número na frente.

O aviso é fundamental, mas, mesmo assim, tem gente que ainda insiste e não entende como um restaurante (não é restaurante, é boteco) japonês não serve sushi. Como se tudo o que esses simpáticos orientais comem fosse isso. Seria o mesmo (mal comparando) que abrir um boteco brasileiro no Japão e o sujeito pedir uma picanha.

A casa abriu há pouco tempo, nem dois meses. E, no boca a boca, atrai muita gente a partir dos fins de tarde. A ponto de um porteiro, lá fora, ficar controlando a entrada dos clientes. Só cabem 20 pessoas, dez sentadas e dez em pé. Passando disso, tem de esperar lá fora “ou volte outro dia”, como alerta o cartaz.

Yuzo Sato, na grelha e nas panelas. (Foto/ Anacreon de Téos)

Apenas três pessoas trabalham atrás do balcão. Um tio e dois sobrinhos, explicou Yuzo Sato, que trabalhou em botecos no Japão e trouxe para cá os sabores e as técnicas que fazem o dia a dia de lá. Ele toca, sozinho, a grelha e o fogão, finalizando os petiscos a serem servidos, enquanto Keiji Mitsunari e Cacau Horihana, os jovens proprietários, atendem ao balcão, às mesas no corredor, preparam os drinques e servem as bebidas.

O menu está todo em plaquinhas espalhadas pela parede. (Foto/ Anacreon de Téos)

Não há um cardápio formal. Os itens do menu estão pendurados em plaquinhas de madeira na parede sobre o balcão. Inclui salada, berinjela, tulipa de frango (asas fritas), nirá com ovo, edamame, kinpira gobô (com raiz de bardana), guioza (em três versões) e algumas conservas. Mas o forte mesmo são os espetinhos: tentáculo de polvo, lula, camarão, shiitake, moela, sambiquira de frango, língua de boi, bucho, alho-poró com bacon e frango. E a estrela maior dos espetinhos são os bolinhos. Tem um que já virou meu favorito, o Takoyaki, de polvo e arroz polvilhado com alga nori moída e peixe seco ralado.

Espetinho de sambiquira. (Foto/ Anacreon de Téos)

Takoyaki, bolinho de polvo e arroz polvilhado com alga nori moída e peixe seco ralado. (Foto/ Anacreon de Téos)

Os preços são bem interessantes, de boteco mesmo. Mas é bom lembrar que são porções, que, acumuladas, conforme as repetições, podem pesar um pouco mais. Vale a pena, seja como for. Para beber, chope (Gauden Bier), cervejas japonesas, saquê (em dose de 180ml mais choro ou garrafa) e alguns coquetéis bem interessantes, que os sócio-atendentes explicam muito bem.

Aliás, são todos muito simpáticos e alegres. Saúdam em coro cada cliente que chega e fazem o mesmo alarde à saída de cada um. O que faz todos se sentirem praticamente em casa – mesmo que lá do outro lado do mundo. E que tenham o desejo de retornar brevemente. Pela simpatia, pelo ambiente e pela comida gostosa, a provar que nem só de sushi e yakisoba é composto o cardápio desse povo.

Espetinho de polvo, sempre de grande saída. (Foto/ Fernando Zequinão – Gazeta do Povo)

Izakaya Hyotan

Alameda Augusto Stellfeld, 1.281 – Bigorrilho

Fone: (41) 3224-1910

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