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Microdestilaria da Grande Curitiba lança drinque Negroni pronto e engarrafado
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É o meu drinque favorito. Coquetel, como se dizia antigamente.

O Negroni tem o amargo, o doce, o ácido, tem tudo que mexe com o paladar e dá prazer em cada gole. Enquanto preparo um jantar, um prato qualquer e ainda não está na hora de abrir um vinho, vem o Negroni me socorrer e fazer companhia.

Costumo sempre fazer o meu, com porções iguais de Gin, Vermute tinto e Campari. Incluo algumas gotas de Angostura e uma tira de casca de Lima da Pérsia (normalmente é com laranja, mas descobri essa nova alternativa de sabor com a produção de lima do latifúndio) e pronto. Umas pedrinhas de gelo e um brinde ao que se possa ter de melhor.

A origem é controversa, como em quase tudo no mundo da coquetelaria. A mais plausível é que teria sido uma variação de dois outros coquetéis, o Americano e o Milano-Torino. Criado em 1882, o Milano-Torino (são as cidades de Milão e Turim) leva 60 ml de vermute tinto e 60 ml de bitter, servido em copo alto, com algumas pedras de gelo e uma fatia de laranja. O Americano veio logo depois, em 1887, pelo que consta pelo fato de turistas americanos apreciarem o outro drinque, mas sempre pedirem para acrescentar água gaseificada, para refrescar a combinação herbal.

Já o Negroni, numa primeira versão, teria vindo 1919, em Florença, quando um tal de Conde Camilo Negroni teria pedido ao bartender Fosco Scarselli que substituísse a água com gás pelo gin, na mesma proporção dos demais ingredientes. Só que a família Negroni desconhece qualquer conde Camilo Negroni em sua árvore genealógica. E esse nobre teria sido, sim, o general Pascal Oliver.

E aí a origem da bebida muda de endereço. Ele era Comandante da Base na colônia francesa de Saint Louis, no Senegal, na África Ocidental (no período 1855-1865). O General teria oferecido aos integrantes do Lunéville Officers Club um “coquetel à base de vermute” o que se acredita ser a verdadeira fonte do Negroni. Como diz a carta de Pascal para seu irmão Roche, até hoje preservada nos acervos da família: “Por acaso você sabia que o coquetel à base de vermute que eu inventei em Saint Louis é um grande sucesso no clube de oficiais de Lunéville?” Seria o Negroni?

Negroni engarrafado

Mas, seja como for, independente da origem, é um coquetel que agrada demais, tanto no inverno quanto no verão. E que acaba de ganhar uma versão já pronta, engarrafada, para aqueles momentos de mais pressa na hora de servir os drinques e petiscos.

Guilherme Baptista, Guilherme Neme e Eduardo Pereira Alves, os três sócios da Hambre.
Guilherme Baptista, Guilherme Neme e Eduardo Pereira Alves, os três sócios da Hambre. | Foto: Divulgação

Essa versão pronta é engarrafada pela Hambre, que há pouco tempo nos surpreendeu com a apresentação do gin do mesmo nome, um dos melhores que já provei. A microdestilaria surgiu da iniciativa de Eduardo Pereira Alves, Guilherme Neme e Guilherme Baptista, três sócios apaixonados pelo gin e pela mixologia e funciona aqui do ladinho, em Pinhais, na Grande Curitiba (confira aqui matéria do Bom Gourmet).

O nome do Negroni pronto e produzido por eles é Profano, por representar uma quebra de tradição que viola o ritual de preparo. Com a Hambre todas as convenções, cerimonias, tradições e luxo, deixam de ser obrigatórias. O Profano é um coquetel pronto que conta com os ingredientes tradicionais do Negroni, exatamente na mesma proporção: 33% de Gin Hambre, 33%  de Vermouth Rosso e 33% de Campari. E o toque especial de ser envelhecido em barril de madeiras nobres.

A garrafa de Profano, com 750 ml, custa de R$ 109 até R$ 129 e pode ser encontrada em adegas especializadas de Curitiba, como Adega Brasil, Empório Mufs, Queijos & Vinhos e Mercy Empório.

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