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Equipe da regional Paraná do Great Place to Work. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
Equipe da regional Paraná do Great Place to Work. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo| Foto:

Carol Nery, especial para a Gazeta do Povo

O ranking de 2018 das “Melhores Empresas para Trabalhar no Paraná”, realizado pelo Great Place To Work (GPTW) em parceria com a Gazeta do Povo, traz uma seleção de 60 empresas (dez a mais do que no levantamento do ano passado), sendo 10 grandes, 40 médias e 10 pequenas. Ao todo, foram 194 companhias inscritas e avaliadas. Elas representam 14 setores diferentes e reúnem uma comunidade de 84.760 funcionários.

O aumento de inscritos na comparação com o ano passado surpreendeu os organizadores do ranking, revela a diretora-executiva da Regional Paraná do GPTW, Claudia Malschitzky. “Se observarmos que foi um ano de muita dificuldade, no qual as empresas tiveram muitas estratégias de enxugamento e planos de demissão voluntária, vemos que elas estão cada vez mais preocupadas em cuidar de seus colaboradores e realmente criar uma cultura de confiança.”

O índice de confiança é considerado um ponto de referência para o GPTW e manteve-se alto e estável, com média de 85%. Os principais pontos que motivaram as pessoas a permanecer nas empresas premiadas foram oportunidade de crescimento (44%) e qualidade de vida (27%). A busca por bons salários é importante, mas não aparece como item mais valorizado pelos profissionais: 11% citaram remuneração e os benefícios como fatores de permanência, e apenas 3% apontaram a estabilidade como o ponto mais importante numa empresa.

Claudia destaca ainda a percepção dos funcionários sobre como eles se sentem em relação a quesitos como lideranças, práticas e ambiente, por meio do que classificam como confiança por dimensões: credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem. “Em um momento como esse, de crise total, não somente econômica, mas de credibilidade e de respeito, uma inversão de valores que nossa sociedade brasileira passa, nós conseguimos manter tudo isso dentro das empresas. Em nenhum desses itens tivemos queda em 2018.”

Em relação à qualificação, a maioria das empresas parece estar correspondendo os desejo dos profissionais: 78% oferecem bolsas de estudo para pelo menos 50% dos funcionários, para cursos de graduação ou pós-graduação; e 71% oferecem programas de coaching e 59% de mentoring. Ótimos incentivos, considerando que apenas 19% dos funcionários das premiadas têm ensino superior completo e 7%, uma pós-graduação.

O resultado da pesquisa, avalia Hilgo Gonçalves, embaixador do Great Place to Work e diretor da regional do Paraná, mostra um crescimento do interesse do empresariado paranaense em investir na melhoria do clima organizacional e na implementação de novas práticas de gestão, transformando o RH em um setor cada vez mais estratégico. “Se o colaborador nota o interesse genuíno da empresa em escutá-lo, ele se sente mais seguro e fica mais engajado com o propósito da companhia, trabalha com mais alegria e encanta mais os clientes internos e externos. Isso é bom para os negócios, para as pessoas e para a sociedade, gerando benefício para todos e resultados ainda mais sustentáveis.”

Claudia Malschitzky, diretora-executiva da Regional Paraná do GPTW, e Hilgo Gonçalves, embaixador do Great Place to Work e diretor da regional do Paraná: independente do tamanho, a missão é transformar todas as companhias paranaenses em melhores empresas para trabalhar.

Claudia notou também a forte participação de pequenas empresas na pesquisa deste ano, impulsionadas pela nova proposta de se fazer o levantamento de forma digital e também pelas parcerias com associações comerciais de Curitiba, Maringá, Cascavel e Londrina. “Percebemos, principalmente no interior do estado, uma vontade e apetite de querer fazer esse trabalho acontecer. Ressalto aqui o trabalho das cooperativas do interior, que são muito organizadas. Ao visitar cada uma tivemos uma visão de riqueza não só de produtos, mas de pessoas.”

Mulheres ainda são minoria em altos cargos

As empresas premiadas têm uma média de 31 anos de existência. Seus CEOs têm 52 anos de idade, em média, e estão há 13 anos no cargo. A maioria é de homem: 53. As mulheres são apenas seis (uma das empresas não respondeu).

A presença delas, comenta Claudia, é um dos grandes desafios do GPTW. “Temos uma lista que reconhece as melhores empresas para mulheres, com estudos apoiados pela ONU Mulheres, e queremos incentivar e inspirar as companhias a olharem para esse tema, que nos preocupa muito. Homens e mulheres se equiparam em quantidade de colaboradores nas empresas, mas quando subimos a pirâmide, e chegamos na diretoria, no conselho e na presidência, elas são muito poucas.”

Ranking do Brasil e da América Latina

As empresas do Paraná também marcaram presença no ranking nacional. Neste ano, 12 companhias paranaenses foram reconhecidas entre as 150 da lista nacional do Great Place to Work, uma a mais que no ano passado. São elas: Apetit, Volvo, Electrolux, Gazin, Sicoob Norte, Sicoob Metropolitano, Pormade, Perkins, DB1, Golsat, Elotech e Agencia Mirum. Já no recorte das 100 melhores empresas para se trabalhar na América Latina, divulgado em maio, três paranaenses apareceram, e pelo segundo ano seguido: Pormade, Gazin e Sicoob Metropolitano.

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