“Vale a pena investir no Paraná”. É o que acredita Júnior Durski, empresário e fundador do Grupo Madero, ao anunciar nesta quarta-feira (29), no Palácio Iguaçu, um investimento de R$ 600 milhões na ampliação da fábrica em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. Os recursos marcam outra fase de investimento da rede no Estado, com incentivo do programa Paraná Competitivo.
Com a ação, a empresa espera, em um período de dez anos, quintuplicar o faturamento, de R$ 1 bilhão para R$ 5 bilhões. O valor começa a ser injetado já em 2020 e a expansão é focada na cozinha central da fábrica. Esse setor já é responsável por quase tudo que o Madero comercializa em seus restaurantes – pães, embutidos, maionese, sobremesas, sorvetes, molhos, carnes, linguicinha e bacon – e o reforço vai garantir a contingência total dos produtos, atendendo a demanda de todos os restaurantes até 2029.
A nova planta vai contar também com uma câmara congelada e resfriada, totalmente robotizada, e um armazém de secos. O terreno onde será feita a expansão da fábrica foi cedido pelo município de Ponta Grossa.
Previsto para 2020, o novo investimento anunciado nesta quarta-feira é cinco vezes maior do que valor anunciado anteriormente na construção da fábrica, de R$ 120 milhões divididos em fases até o final de 2019. Dentro deste pacote, o grupo anunciou, em julho do ano do ano passado, um investimento de R$ 40 milhões na ampliação da planta, na área voltada à produção de molhos e sobremesas. Ainda estava prevista a terceira fase de ampliação, com foco na produção de pães e hambúrgueres.
Durski contou que a ideia inicial deste novo investimento era construir uma nova planta em Minas Gerais.
“Mudamos os planos porque Ponta Grossa nos acolheu muito bem. Além disso, é geograficamente eficaz para o Madero”, explicou Durski.
O governador do Estado, Ratinho Junior, e o empresário e sócio do Madero, Luciano Huck, acompanharam o anúncio feito no Palácio Iguaçu. Para Ratinho, o interesse de empresários no Paraná mostra que o estado traz segurança aos investidores.
“Chegamos em abril com R$ 12,5 bilhões de investimentos privados já anunciados. O Madero é um símbolo da competitividade do Paraná em qualquer segmento, mas principalmente no alimentício, em função do Estado ser um dos grandes celeiros do mundo”, disse.
Já Huck declarou que sempre acreditou no potencial de crescimento do Madero e tem grande expectativas para essa nova fase. “Quando conheci o Durski a rede tinha 43 restaurantes. Não para de crescer”, declarou.
Mais empregos
O Grupo Madero tem hoje 153 restaurantes espalhados pelo Brasil, entre Madero, Jeronimo, A Sanduicheria do Junior Durski e Dundee Burger. Até o final de 2019, a expectativa é chegar a marca de 200 estabelecimentos. Em dez anos, serão mais de 1 mil unidades, somando cerca de 35 mil funcionários.
Atualmente, o grupo emprega pouco mais de 5 mil pessoas, 400 delas na fábrica em Ponta Grossa.
Sócio internacional e IPO
Em janeiro deste ano, o Grupo Madero ganhou um sócio internacional. Um dos maiores fundos de private equity do mundo, o Carlyle Group, comprou 23,3% da empresa paranaense por R$ 700 milhões. Com a transação, o Grupo Madero — avaliado em R$ 3 bilhões — liquida dívidas, mantém o ritmo de investimentos e se prepara para abrir capital com um IPO no ano que vem (2020).
-
Oposição tenta emplacar projetos “anticensura” em meio à briga de Musk e Moraes
-
Afastamento de juízes tem argumentos frágeis e reforça tese de perseguição à Lava Jato, avaliam juristas
-
“Democracia no Brasil está morrendo em plena luz do dia”, diz artigo do Wall Street Journal
-
Juízes federais paralisam atividades em protesto contra afastamento de magistrados da Lava Jato
Deixe sua opinião