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Daniel Mocellin do Whatafuck.
Daniel Mocellin do Whatafuck.| Foto: divulgação.

Crescer e ser reconhecido além do seu produto principal. Esse é o desafio que três empresas paranaenses, já firmadas na área gastronômica, assumiram quando resolveram criar produtos de moda. São camisetas, tênis, bonés, canecas, copos, entre outros, que levam consigo a filosofia das marcas. Na prática, além de uma estratégia de posicionamento, as empresas pretendem vender um estilo de vida. É o caso do WhataFuck, rede de hambúrgueres artesanais; da cervejaria Way Beer e do Sirène, de fish & chimps.

A primeira, em 2018, lançou em parceria com a Öus Brasil quase 2 mil pares de tênis, que trazem consigo a imagem descolada e urbana da marca. Desses, 90% já foram vendidos.

“Nós não vendemos só gastronomia”, resume o sócio proprietário da rede Whatafuck, Daniel Mocellin.

Parceria da rede Whatafuck com a  Öus Brasil.
Parceria da rede Whatafuck com a Öus Brasil.

Na mesma linha, a Way Beer, de Pinhais, avalia que o ROI (Return on Investment), ou seja, o retorno de investimento de uma empresa, não precisa ser medido apenas financeiramente, mas também com o aumento de conexão da marca com o seu público. É o que faz os produtos. E, apesar das vendas estarem indo bem - 80% superior às do ano passado - a marca tem os pés no chão: “O nosso business continua sendo produzir e vender cerveja de qualidade. Mas há outros produtos que se encaixam também no conceito ‘Enjoy your way’ [aproveite o seu caminho, em tradução livre]”, explicou a coordenadora de marketing, Desiree Meister. Entre o mix da cervejaria está toalhas, mochilas e moletons.

Meia da Way Beer. Foto: divulgação.
Meia da Way Beer. Foto: divulgação.

Processo colaborativo

Outro ponto positivo apontado por Meister é o processo colaborativo que envolve as parcerias. “É co-criação de departamento de marketing, com agências de propaganda, consultores de moda e, claro, do mercado cervejeiro”. Segundo a coordenadora, os produtos precisam contar uma história.

Sobre a “vibe pretenciosa” que pode soar o desfile de uma logomarca de um restaurante estampada em uma roupa, um dos sócios fundadores do Sirène, Afonso Natal, é categórico. “Trata-se de uma identificação, algo espontâneo. No caso do Sirère, os produtos foram produzidos com base nos pedidos dos clientes, que queriam comprar a nossa camiseta de uniforme. Eles se sentem à vontade, querem vestir algo que gostem e que tenha personalidade. As peças são de qualidade, o preço é justo”, afirmou.

Equipe e camisetas do Sirène Fish & Chips.
Equipe e camisetas do Sirène Fish & Chips.

O investimento inicial da rede de fish & chips nos produtos foi pequeno, R$ 900, mas o empresário garante que o retorno já aconteceu e, inclusive, foi reinvestido no negócio. Entre os produtos do bar estão camisetas, shape de skate e relógios. Ainda neste mês chegam as meias assinadas pelo Sirène.

“Deu tão certo que hoje é mais uma fonte de renda”, finaliza Natal.

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