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Ninfa Alimentos aumentou em 30% os lucros em meio à pandemia do coronavírus.
Ninfa Alimentos aumentou em 30% o faturamento em meio à pandemia do coronavírus.| Foto: Divulgação assessoria de imprensa

A Ninfa Alimentos, empresa paranaense com fábrica em Medianeira, aumentou em 25% a produção nos últimos três meses para atender à grande demanda de consumo. Crescimento apresentado durante a pandemia do coronavírus, acompanhado de perto pela Corporate Consulting, trouxe 30% a mais no faturamento da companhia. Massas e biscoitos foram os itens mais requisitados pelo público-alvo da marca, as classes C, D e E. Mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros pode explicar resultados.

Há 40 anos no mercado, a Ninfa precisou se adaptar rapidamente para abastecer o mercado com seus produtos em tempos de isolamento social. A fabricante de massas, biscoitos e refrescos contratou 35 novos funcionários e aumentou o número de turnos para dar conta da fabricação. Agora o trabalho acontece em três turnos, com 24 horas de produção, de segunda à sábado.

Para Ricardo H. Zadinello, diretor executivo da Ninfa Alimentos, além de as pessoas estarem mais tempo em casa, sendo assim mais propícias a consumir, o cenário econômico de incertezas fez alavancar a busca por itens mais acessíveis.

“O efeito Covid-19 mudou o hábito alimentar das famílias. O consumo de massas tem aumentado por ter uma característica de desembolso baixo, assim como os biscoitos. A compra desses itens facilita o orçamento, já que as pessoas tendem a ter mais cautela nos gastos”, explicou.

Ninfa Alimentos contratou 35 funcionários desde o início de março e aumentou a produção para dar conta da demanda. Foto: Divulgação
Ninfa Alimentos contratou 35 funcionários desde o início de março e aumentou a produção para dar conta da demanda. Foto: Divulgação

Pesquisa feita pela consultoria Galunion Consultoria para FoodService, em parceria com o Instituto Qualibest, entre 2 e 6 de abril de 2020, mostrou que 90% dos brasileiros estão evitando comer fora de casa. Os dados apurados por meio de 1.086 entrevistas, revela que os pratos e as culinárias preferidos das pessoas na pandemia são pizza (67%), hambúrgueres (47%), brasileira (44%), sanduíches (41%), massas (39%), grelhados/churrascarias (36%), doces e bolos (32%), salgados (31%) e açaí (29%).

O estudo também aponta que 93% das pessoas estão preparando comida em casa por causa do isolamento social. Desse total, 44% dos respondentes aumentaram a frequência que cozinham as refeições; outros 31% disseram ter aumentado a quantidade de compra de alimentos para preparar nos próprios lares; já 15% não tinham o hábito de cozinhar em casa e passaram a fazer pedidos de entrega de compra do mercado. Outro ponto levantado é que 27% das pessoas diminuíram os pedidos de delivery e estão preparando seus alimentos.

A Ninfa Alimentos oferece 90 diferentes produtos aos consumidores - parcela da população que se encaixa nas classes C, D e E - e, no total, soma 543 funcionários.

Zadinello esclarece que além da mudança de cenário causada pelo coronavírus, a reestruturação que a empresa já estava passando – conduzida pela Corporate Consulting – ajudou a “preparar o terreno” para o crescimento.

“Reestruturamos a área de vendas e também aumentamos o share nos estados já atuantes. Já estávamos com crescimento de 15% até primeira semana de março, mas por causa da Covid-19 aceleramos os processos e chegamos aos 30%”, disse o diretor.

Além de atender todas as regiões brasileiras, a Ninfa exporta seus produtos para o Paraguai e Uruguai. Com o objetivo de ampliar o espaço no mercado, as projeções para os próximos meses são positivas.

“Queremos levar nosso produto para casa de novos consumidores e faremos isso buscando maior visibilidade e elevando o volume de vendas. Esperávamos um segundo semestre com crescimento de 12% no faturamento se comparado ao ano anterior, mas agora já projetamos 20%”, finalizou.

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