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Mesmo com a crise, Paraná aumenta as exportações. Entenda
| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Ainda que a pandemia do coronavírus tenha gerado uma crise econômica internacional, o Paraná manteve as exportações em ritmo de crescimento. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), ligado ao Ministério da Economia, o valor das exportações paranaenses, de janeiro a maio, fechou em US$ 6,5 bilhões, crescimento de quase 1% em relação ao mesmo período de 2019.

Foram determinantes para a manutenção do equilíbrio nas exportações do Paraná, o aumento expressivo de 24% nas exportações de soja (US$ 2,6 bilhões) e de produtos mecânicos (US$ 263 milhões), e de 13,4% de papel e celulose (US$ 253 milhões). O valor do dólar, em alta, tornou o mercado exterior mais atraente e ajudou a injetar dinheiro em algumas áreas de atividade.

Já as importações diminuíram. Com redução de 14% em comparação com o mesmo período do ano passado, somaram US$ 4,4 bilhões. Portanto, o saldo da balança comercial do Paraná nos cinco primeiros meses deste ano fechou com saldo positivo de US$ 2,1 bilhões, valor 50% maior que o registrado de janeiro a maio do ano anterior, que foi de US$ 1,4 bilhão. O que causou maior impacto nas importações foi a queda de 51% na compra de material de transportes, ligadas ao setor automotivo, de 13% em produtos químicos, e de 4,4% de petróleo.

Segundo o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, fatores como a queda da atividade comercial em todo o mundo e grande oscilação do dólar no Brasil afetaram os resultados. A moeda americana subiu 37% de janeiro a maio, passando de R$ 4,15 em janeiro para R$ 5,64. “Com a instalação da crise também no Brasil, a partir da metade de março, o consumo interno também teve redução imediata e a estratégia das empresas foi de segurar os gastos e utilizar o que tinham de matéria-prima em estoque, sem fazer novas aquisições, para não correrem o risco de ficar com mercadoria parada e com orçamento em desequilíbrio”, explica.

Sinal positivo

O crescimento, mesmo que modesto, na alta nas exportações é um bom indicador, garante o economista. “Considerando o momento da economia mundial, ter saldo positivo na atividade de comércio exterior é um fator importante. Mostra que a diversificação da pauta de produtos exportados pelo Paraná faz a diferença e mostra que, mesmo diante de um cenário de dificuldade, o estado tem potencial para superar a crise nos próximos meses, quando tudo retomar à normalidade”, afirma.

O gerente executivo de Relações Institucionais e Assuntos Internacionais da Fiep, Reinaldo Tockus, avalia que o resultado acumulado da atividade de comércio exterior mostra que a indústria paranaense segue caminhando. “Apesar de os números do comércio internacional terem desabado nos últimos meses em razão da pandemia, e dos estudos da ONU apontarem para mais uma redução de 27% no 2º semestre, o Paraná consegue, ainda, manter-se em situação favorável, frente aos demais estados exportadores”, finaliza.

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