Por que o Paraná deve ser o maior beneficiado com a alta do trigo?

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Com uma estimativa de produção de 3,3 milhões de toneladas de trigo, o Paraná deve ser o estado mais favorecido com a alta no preço da commodity. É que a elevação da produção – 55% acima da safra de 2019, de 2,1 milhões de toneladas – isola o estado ainda mais na posição de principal produtor de trigo no país. Metade da produção do Brasil sai dos moinhos do estado.

O trigo vem tendo repetidas altas, nas últimas semanas, por uma série de fatores. Um deles é o aumento no consumo interno durante a pandemia. Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) indicam que a demanda cresceu 15% no período. Somam-se a isso um aumento do preço na época de colheita, algo que ocorre nesta cultura, e uma demanda elevada do mercado externo. Essa junção tem feito o trigo dobrar de preço em relação à safra passada.

Para analistas, são condições que devem seguir até o fim da colheita, nas próximas semanas.

No estado, o fim da safra avança. De acordo com o boletim mais recente do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a colheita do trigo nesta safra já chegou a 84% da área cultivada e 79% das lavouras estão em boas condições.

Carlos Coelho

Jornalista da Gazeta do Povo desde 2007, edita o blog Paraná S.A e escreve sobre economia e política paranaenses. Atuou como editor de Mundo, Tecnologia, Economia e Gastronomia, além de participar das coberturas de Eleições, Copa do Mundo e Olimpíada.

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