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Suínos
| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Um grupo de suinocultores estuda formas de baratear gastos com a ração animal. Neste mês, produtores do setor e técnicos da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (sistema Faep/Senar) debateram em reunião técnica o uso de cereais de inverno para substituir milho e soja, base principal da alimentação suína, cujos preços explodiram nos últimos meses.

Na pauta, os produtores discutiram formas de usar insumos como aveia granífera, sorgo granífero, trigo mourisco, milheto granífero e triticale na base das rações animais. Pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-PR), Elir de Oliveira indicou que há potencial de 2,7 milhões hectares por ano para produção de cereais de inverno no Paraná. “É viável usarmos essa área para cultivo de alimentos tanto com destinação humana quanto animal”, indicou no evento.

Outras frentes de estudo envolvem os braços de pesquisa Embrapa Suínos e Aves e Embrapa Trigo, que estão avaliando o uso de cevada na alimentação dos suínos. O primeiro grupo de trabalho indica que a adição de 80% da cevada em substituição ao milho não causou perdas no desempenho animal. Já o segundo grupo está desenvolvendo variedades de cevada com maturação mais rápida, para se tornar viável na alimentação dos suínos.

Preços mais altos na produção e na venda 

Os produtores de suínos buscam alternativas para driblar as altas nos preços dos grãos usados como ração animal. À base de soja e milho, a alimentação de porcos aumentou substancialmente nos últimos dois anos: de R$ 4,09 por quilo em 2020, esse custo subiu para R$ 5,59 na média deste ano. Os valores colaboraram para que o custo na produção de porcos subisse 33% no período.

Mais caro na fonte, mais caro também para o consumidor. O preço da carne suína saltou nos últimos anos. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o quilo do lombo suíno sem osso saltou 36% no varejo de 2019 para cá no Paraná. O pernil com osso, outro corte popular no país, ficou 27% mais caro.

A explicação para a alta nos insumos está na escassez do milho, que teve quebra na última safra, e da soja, que teve como principal destino o mercado externo, pelo dólar alto – e isso elevou o preço também para o produtor brasileiro.

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