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Sócios querem focar no mercado nacional de rastreamento, principalmente no ramo automobilístico.| Foto: Foto:Divulgação

Usar um telefone fixo ou falar com alguém pelo dispositivo pode parecer algo do século passado.  Mas o empresário Marcio Pacheco, CEO da PhoneTrack - uma empresa curitibana de rastreamento e monitoramento de chamadas - garante que esse é o futuro.  Esqueça o conceito de atendimento em chat online ou formulários digitais. O CEO garante que o método mais eficaz para fechar um negócio, ainda é o bom e velho telefone.

“As pessoas não ligam mais umas para as outras, mas ligam para as empresas”, diz Pacheco. “Hoje sabemos que 70% de novos clientes chegam pelo telefone e isso dá para explicar de um jeito fácil. Nunca foi tão fácil ligar. Estamos a um clique disso”, pontua.

“Os relatórios do Google mostram justamente que 40% das pesquisas feitas são buscando negócios locais. Dentro desse número, 70% das pessoas telefonam para essas empresas, usando apenas um botão”, comenta.

Mas a ideia não se resume apenas a estimular outras empresas a darem mais atenção ao telefone e pronto. A intenção é mostrar que essas ligações podem ser muito mais esmiuçadas usando a tecnologia.

Coletando dados como tempo e origem de ligação, entonação de voz de vencedor e comprador, palavras-chave usadas, setor mais recorrido, pontuação de atendimento e até a porcentagem da conversa que foi dominada pelos representantes da empresa, é possível desenvolver campanhas de marketing mais efetivas e treinamento de equipes de venda, de forma mais assertiva.

Com pouco mais de três anos de funcionamento, a startup curitibana já recebeu aportes de aproximadamente R$ 4 milhões de fundos investidores como Hi Capital e BZPlan e hoje mantém uma estrutura com 50 funcionários.

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Empresa startup está há três anos no mercado e hoje equipe já conta com 50 profissionais. | Foto: Divulgação

Ao Paraná S/A, o CEO da Phonetrack afirmou que o mercado de voz ainda não é totalmente explorado e espera ampliar os métodos de rastreamento de ligações em todo território nacional. Confira a entrevista.

Qual ramo pode se beneficiar mais com esse tipo de monitoramento?

Hoje temos cerca de 700 clientes em nossa carteira, a maioria é de concessionárias, com seus milhares de pontos de venda. Coincidentemente é também o ramo que tem mais aderência a esse serviço nos Estados Unidos. Carros geram muita ligação e exigem uma capacitação contínua das equipes de vendas nos múltiplos pontos de venda. Isso explica a maior participação desse mercado.

Outras áreas que se beneficiam do call tracking (rastreamento) são imobiliárias, construtoras, escolas, corretores de seguro... Em fim, tudo que atue diretamente com pontos de vendas.

Vocês afirmam que uma ligação tem 15 vezes mais chances de ser convertida em venda. Isso não é natural em um cenário em que as pessoas só ligam em último caso?

É verdade que quem liga tem uma intenção de compra maior. Mas dizemos que hoje as pessoas não ligam umas para as outras, mas para as empresas, o volume de ligações cresce exponencialmente há cinco anos. E o detalhe é saber que antes nós não tínhamos uma tecnologia para medir a produtividade ao telefone, apesar das empresas sempre acreditarem no potencial dessa ferramenta. O que acontecia, por muitas vezes, é que os profissionais não estavam capacitados para atender essas ligações e converter em venda.

Por isso o rastreamento é aplicável a treinamentos?

Sim. Falamos que é um coach de vendas, porque temos casos em que os gestores acompanham não só os números de produtividade, como também a gravação de atendimento com os vendedores, para alinhar estratégias. Um dado interessante, por exemplo, que levantamos junto a nossos clientes, é que 20% das ligações não são sequer atendidas e existe um potencial de venda aí, que pode ser explorado não só com campanha direcionada de marketing, como também em treinamento. Calculo que a cada 10 aplicações de tracking, 8 são focadas para melhorias no setor de vendas.

Na área de marketing, que tipo de campanhas podem ser direcionadas a partir desses dados?

Um exemplo de aplicação é com a Chevrolet, que agora estamos expandindo a parceria com as lojas na Argentina. Eles fizeram campanhas no Google e precisavam medir o retorno desses anúncios e desenvolver um padrão de atendimento para cada loja. Portais de anúncio como a OLX, por exemplo, também usam o rastreamento para mostrar ao anunciante quantas ligações determinada publicação gerou. Outro bom exemplo foi a Movida, que em 2016 fez uma grande expansão nacional, abrindo dezenas de lojas, e para as unidades mais afastadas usou vários tipos de publicidade, desde carro de som até classificados online. Foi através do call tracking que descobriram qual mídia trouxe mais retorno para os negócios.

Quais são as próximas metas da empresa?

Apesar de estarmos com operações na Argentina, nosso foco agora é no potencial do mercado brasileiro, investindo em tecnologia de inteligência artificial e pós-vendas.

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