“Inveja diabólica e ódio assassino são os únicos sentimentos na alma de um comunista, sempre camuflados sob uma retórica de belos ideais humanitários.”
(Olavo de Carvalho)
Vocês, meus sete leitores, em algum momento da vida devem ter participado de uma brincadeira conhecida como “dança das cadeiras”. O jogo consiste em colocar os participantes circulando ao som de uma música em torno de várias cadeiras, sendo que o número de assentos é menos um comparado ao número de participantes. Quando a música para de tocar, os participantes se sentam nas cadeiras; aquele que não conseguir se sentar sai do jogo e mais uma cadeira é retirada. Ao final, restam dois participantes e uma cadeira; o vencedor é o que conseguir se sentar nesta última.
Assim como todas as brincadeiras infantis, a dança das cadeiras faz referência simbólica a alguma realidade da vida humana. Se a cadeira é um símbolo universal do poder, o jogo das cadeiras representa a luta pelo poder. Uma eleição nada mais é do que uma dança que só terá um vencedor quando a música parar. Eis o sentido fundamental da nossa querida democracia.
Neste domingo (15), durante o debate na TV Cultura, Datena deu uma cadeirada em Pablo Marçal. Se a cadeira é o poder e a dança das cadeiras é a eleição, qual seria o sentido da cadeirada? Ora, resposta fácil: a cadeirada representa o poder desafiado, o poder sem limite algum.
Datena, um sujeito que já entrou e saiu de mais de dez partidos, é um personagem coadjuvante do teatro da democracia brasileira
Por vários anos, ele ameaçou ser candidato, mas desistiu na hora H. Agora entendemos o porquê de sua hesitação. Longe do ponto eletrônico e do ambiente controlado do estúdio, ele não passa de uma figura patética e gaguejante, um candidato que tem um nome a zerar na corrida eleitoral. Nada mais justo que ela tenha optado pelo PSDB, o partido que durante tanto tempo encenou o simulacro de democracia hoje mais conhecido como estratégia das tesouras, em que a esquerda finge brigar com a esquerda para garantir a implantação do programa socialista.
Logo depois da cadeirada, a grande mídia — com a honrosa exceção desta Gazeta — saiu em defesa do agressor, alegando que Marçal havia ofendido a honra de Datena, chamando-o de covarde. Ouviu-se diversas vezes a famosa frase com conjunção adversativa:
— A agressão foi errada, mas...
Mas o quê? A agressão foi errada, mas o Marçal mereceu? Isso me fez lembrar os idiotas que culpam as mulheres vítimas de violência sexual por usarem roupas curtas.
Misericórdia! Todos os dias, desde que anunciou a intenção de participar da dança das cadeiras em 2018, Jair Bolsonaro era chamado de todos os nomes e acusado dos piores crimes. “Covarde” era um dos xingamentos mais suaves que a esquerda e sua assessoria de imprensa — a grande mídia — lhe dirigiam. Agora imaginem, só imaginem, se Bolsonaro houvesse fraturado a costela de um adversário esquerdista com uma cadeirada durante um debate eleitoral.
Entre os jornalistas presentes, poucos escondiam a sua satisfação com a cadeirada em Marçal, exceto o mediador, que entrou em pânico e soltou uma frase que me fez lembrar o saudoso Flávio Cavalcanti:
— Nossos comerciais, por favor!
Desde o início desta campanha, Pablo Marçal revelou o grande teatro armado em São Paulo e vem apresentando a disputa entre o invasor de propriedades e o prefeito que demitiu servidores não vacinados como uma reencenação do teatro das tesouras.
Goste-se ou não dele, Marçal levou a cadeirada por denunciar essa farsa. Quando ele exorcizou Boulos com a carteira de trabalho e chamou Tabata de “para-choque de comunista”, fez aquilo que a esquerda mais odeia: ser ridicularizada.
Parafraseando Vladimir Tismaneanu, podemos dizer que a esquerda nada mais é do que a organização política do ódio. A cadeirada em Marçal é a consequência desse ódio acumulado. A história ensina: quando os revolucionários se veem acuados, partem para o ataque direto, como se viu nas tentativas de assassinato de Jair Bolsonaro e Donald Trump.
Marçal, porém, não é a única vítima de cadeiradas no Brasil. Vale lembrar que o atual ocupante da Presidência foi tirado da cadeia para ser colocado na cadeira. Ser brasileiro é viver numa eterna dança das cadeiradas.
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